Sessão Assíncrona


SA4.1 - PARTICIPAÇÃO, CONTROLE SOCIAL E EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE (TODOS OS DIAS)

42478 - EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE E VIOLÊNCIA CONTRA MULHER: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
BÁRBARA CARDOSO MIRANDA - UNICAMP, ANA ELIZA FERREIRA - UNICAMP, ANDRESSA SOUZA - UNICAMP, ALICE ANDRADE SILVA - UNICAMP, CAROL CON ANDRADES LUIZ - UNICAMP, GIOVANA PELLATTI D' LOPES - UNICAMP, ROSANA ONOCKO CAMPOS - UNICAMP, EROTILDES MARIA LEAL - UNICAMP


Período de Realização
realizado no período de junho a dezembro de 2021, na cidade de Campinas.

Objeto da experiência
Círculos de cultura com mulheres que sofreram violência.

Objetivos
Relatar a experiência de pesquisa de implementação de cuidado às pessoas expostas a violência, pelo grupo Interfaces: Saúde Mental/Saúde Coletiva, da Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP. Grupos de círculos de cultura foram oferecidos a mulheres expostas à violência.

Metodologia
Foram realizados dois ciclos de grupos compostos de 8 encontros, inspirados na perspectiva freireana, com mulheres, maiores de 18 anos, expostas à violência, residentes no distrito norte do município de Campinas/SP. Uma descrição qualitativa dos resultados preliminares da intervenção realizada será apresentada.

Resultados
O impacto,implicações e alcance da violência na vida das participantes se revelou na identificação dos seguintes temas geradores: machismo, racismo, futuro, sonhos, ser mulher, resiliência, saúde da mulher, filhos, luto, confiança, direitos e justiça, medo e auto imagem. As participantes demonstraram interesse em perpetuar o círculo de cultura entre as mulheres da comunidade.

Análise Crítica
A cultura do silenciamento da mulher e da experiência de violência, se expressou nos desafios de captação das participantes, na identificação de sofrimento latente e na duração dos ciclos. A educação popular em saúde favoreceu a troca e reflexão sobre o vivido. Contextualizada, a experiência da violência foi compreendida também em sua dimensão coletiva. Marcadores sociais de opressão e vulnerabilização foram identificados nas histórias pessoais de cada mulher.

Conclusões e/ou Recomendações
O círculo de cultura se mostrou uma potencial ferramenta para o empoderamento das participantes, a partir do compartilhamento democrático de saberes e experiências acerca da violência, se tornando um espaço emancipador de contínuo aprendizado, liberdade, resistência e construções afetivas.