Comunicação Coordenada

21/11/2022 - 13:10 - 14:40
CC4.1 - CIDADANIA E PARTICIPAÇÃO DA POLÍTICA DE SAÚDE MENTAL

43924 - RESSOANDO VOZES: PROCESSO FORMATIVO VOLTADO A MOVIMENTOS SOCIAIS PARA MOBILIZAÇÃO NO CAMPO DA REFORMA PSIQUIÁTRICA BRASILEIRA
CHAIANE SANTOS - ISC/UFBA, ANA PAULA FREITAS GULJOR - LAPS/ENSP/FIOCRUZ, PAULO DUARTE DE CARVALHO AMARANTE - LAPS/ENSP/FIOCRUZ, LEANDRA BRASIL DA CRUZ - LAPS/ENSP/FIOCRUZ, ANA PAULA PIMENTEL - LAPS/ENSP/FIOCRUZ, CRISTINA MARIA VIEIRA DE ALMEIDA SANTOS - LAPS/ENSP/FIOCRUZ, JOÃO PEDRO NOGUEIRA DA ROCHA FREIRE - LAPS/ENSP/FIOCRUZ, LUCRECIA PAULA CORBELLA CASTELO BRANCO - LAPS/ENSP/FIOCRUZ


Período de Realização
De 7 de maio a 2 de julho de 2022, 2 grupos com 4 encontros aos sábados e 20 horas cada grupo.

Objeto da experiência
Oficina Ressoando Vozes, processo formativo nacional para movimentos sociais, coletivos, usuários e familiares do campo da reforma psiquiátrica.

Objetivos
Trata-se de uma iniciativa formativa, cujo objetivo é apoiar incidências da sociedade civil, organização e mobilização de coletivos e entidades, buscando o fomento do protagonismo na construção de políticas emancipatórias em defesa da Reforma Psiquiátrica e da luta antimanicomial.

Metodologia
O processo formativo realizou-se em duas edições subdivididas por região do país. A primeira com 80 participantes das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste e a segunda contemplando 80 participantes das regiões Norte e Nordeste. Foram realizados 4 encontros formativos em cada edição. As oficinas consistiram em uma panorâmica do processo de reforma psiquiátrica brasileiro, diálogos com órgãos de defesa de direitos e frentes parlamentares, passo a passo do associativismo e captação de recursos.

Resultados
Cada encontro formativo desenvolveu uma temática específica como o papel da defensoria pública, do mecanismos nacional de combate a torura e o protocolo de Istambul, a captação de recursos através de variadas fontes de fomento, o passo a passo do associativismo e, principalmente as trocas das experiências vivenciadas pelos participantes de cada localidade. Os diálogos referentes às estratégias para lidar com os impasses cotidianos dos movimentos é um ponto positivo a ser destacado.

Análise Crítica
Observou-se a importância do fomento de estratégias de incidências para os participantes dos movimentos antimanicomiais. Processos formativos voltados para regiões mais distantes devem ser hoje uma agenda prioritária. O mapeamento dos impasses para a reivindicação da garantia de direitos, a captação de recursos e o apoio técnico para experiências de economia solidária foram aspectos destacados como fundamentais na formação para os avanços da reforma psiquiátrica no Brasil.

Conclusões e/ou Recomendações
As trocas de saberes desenvolvidas no campo da reforma psiquiátrica possibilitaram a apropriação de estratégias fundamentais para a garantia de direitos. Os encontros proporcionaram o diálogo crítico entre participantes e expositores. Observou-se que esta experiência permitiu ao público alvo identificar desafios nas RAPS de todo o país e a construção de propostas de articulação coletiva para potencializar ações em curso.