SA3.39 - DESAFIOS DO ENFRENTAMENTO DA VIOLENCIA (TODOS OS DIAS)
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44461 - A RELAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE COM A REDE INTERSETORIAL DE ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA: MAPEANDO SERVIÇOS E RECONHECENDO DESENCONTROS AMANDA VILLALBA ALVES DA SILVA - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE OSASCO, MÔNICA AURÉLIA BOMFIM DOS SANTOS - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE OSASCO, ÉRICA LIMA DA SILVA - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE OSASCO, SÁTIRO MÁRCIO IGNÁCIO JÚNIOR - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE OSASCO, STEPHANIE PEREIRA - ECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE OSASCO, UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP)
Período de Realização Experiência em curso. Iniciou em janeiro de 2022 e tem previsão de término em dezembro de 2022.
Objeto da experiência Rede de assistência e enfrentamento à violência do município de Osasco, que inclui serviços de saúde, assistência social, segurança pública e justiça.
Objetivos Contribuir para o reconhecimento mútuo entre serviços da rede assistencial e de enfrentamento à violência no município de Osasco, por meio do mapeamento de serviços e criação de guia próprio. Buscamos facilitar encaminhamentos assertivos e acesso dos munícipes em situação de violência aos serviços.
Metodologia Mapeamento dos serviços disponíveis no município e visitas guiadas por roteiro. O instrumento aborda: localização e dados de contato; funcionamento; atividades oferecidas; procedimentos para encaminhamento; e sua relação com outros pontos da rede. As visitas são feitas por membros do Núcleo de Prevenção à Violência e Promoção da Saúde (NPVPS), composto por gestores de áreas técnicas e departamentos da Secretaria Municipal de Saúde. A análise do material é realizada em encontros mensais do NPVPS.
Resultados Por meio de sites da prefeitura e cartilhas, identificamos 36 serviços da rede de enfrentamento e 54 da rede assistencial. Até o momento, visitamos 18 serviços. A partir da análise dos roteiros, produzimos reflexões acerca de 4 eixos: (i) o desconhecimento entre os serviços; (ii) a ausência de uma rede articulada, funcionando como uma trama de serviços; (iii) a falta de diálogo dos serviços de saúde com a rede intersetorial; (iii) ações descoordenadas e ausência de projeto assistencial comum.
Análise Crítica O guia de serviços, produto que será construído a partir dessa experiência, pode contribuir para a identificação e o encaminhamento dos casos de pessoas em situação de violência, ampliando o acesso a serviços capazes de garantir direitos e cuidados. A ausência de planos assistenciais parcelares entre os serviços e que visem objetivos comuns permanece como desafio para o cuidado em rede e integral, visto que o diálogo entre profissionais não é garantido apenas com o reconhecimento dos serviços.
Conclusões e/ou Recomendações A violência é um problema complexo e que demanda respostas igualmente complexas. O cuidado aos casos deve ser articulado em uma rede intersetorial capaz de responder às diversas necessidades das pessoas em situação de violência. O mapeamento dos serviços é um passo importante nesta direção, porém, também se faz necessário o fortalecimento dos espaços de diálogo entre os profissionais que atuam nos serviços, com vistas ao cuidado integral.
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