Sessão Assíncrona


SA3.39 - DESAFIOS DO ENFRENTAMENTO DA VIOLENCIA (TODOS OS DIAS)

42502 - SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE COMO FONTE DE DADOS PARA O ENFRENTAMENTO ÀS VIOLÊNCIAS CONTRA AS MULHERES: UM DIÁLOGO NECESSÁRIO
ISABELLA VITRAL PINTO - INSTITUTO RENÉ RACHOU - FIOCRUZ MINAS, CAMILA ALVES BAHIA - INSTITUTO RENÉ RACHOU - FIOCRUZ MINAS, CARLA MACHADO DA TRINDADE - INSTITUTO RENÉ RACHOU - FIOCRUZ MINAS, CAMILA MATTARELLI DE ABREU E SILVA - MINISTÉRIO PÚBLICO DE MINAS GERAIS, CARMEN SANT FRUCHTMAN - INSTITUTO RENÉ RACHOU - FIOCRUZ MINAS, PAULA DIAS BEVILACQUA - INSTITUTO RENÉ RACHOU - FIOCRUZ MINAS


Apresentação/Introdução
As violências contra as mulheres causam impactos nas condições de saúde, gerando atendimentos médicos, hospitalizações, podendo levar ao óbito por diferentes causas. A falta de um identificador único entre os diferentes Sistemas traz desafios à análise longitudinal dos casos, dificultando conhecer o que ocorre com as mulheres em situação de violência.

Objetivos
Realizar revisão de literatura de estudos brasileiros que usaram métodos de relacionamento de bases de dados dos Sistemas de Informação em Saúde para compreender as repercussões das violências contra mulheres na morbidade e mortalidade.

Metodologia
O levantamento bibliográfico foi realizado na Biblioteca Virtual sobre Violência e Saúde (BVS/VS) da Biblioteca Regional de Medicina (BIREME) e na literatura produzida pelo Ministério da Saúde. Foram utilizadas as palavras-chave: “sistemas de informação em saúde”, “linkage” e “violência” (violência contra a mulher ou violência doméstica ou violência baseada em gênero). Avaliou-se os títulos e resumos dos estudos produzidos no Brasil com o tema violência contra as mulheres que utilizavam o relacionamento de duas ou mais bases de dados da saúde. Foram incluídos artigos, dissertações, teses, livros e capítulos de livros. Na segunda etapa, foi realizada a leitura dos textos completos.

Resultados
Foram selecionados dez estudos: cinco artigos, quatro capítulos de livros produzidos pelo Ministério da Saúde e uma dissertação do mestrado. Oito estudos utilizaram dados do linkage entre Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), no período de 2011/2012 a 2015/2016, com pessoas do sexo feminino de todas as idades. Dois estudos utilizaram dados do linkage entre SINAN e Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC), no período de 2011 a 2015/2016, em adolescentes do sexo feminino. Todos os estudos utilizaram a técnica do relacionamento probabilístico, sendo oito produzidos no âmbito do Ministério da Saúde.

Conclusões/Considerações
A execução dos linkages foi recente, baseada em método probabilístico e centrada no executivo federal. Destacou-se a ausência do relacionamento com dados referentes a procedimentos ambulatoriais e hospitalares. O linkage de bases administrativas e epidemiológicas do SUS tem grande potencial para gerar evidências dos impactos das violências na saúde das mulheres, contribuindo para a vigilância das violências.