SA3.39 - DESAFIOS DO ENFRENTAMENTO DA VIOLENCIA (TODOS OS DIAS)
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41646 - RELATO DE EXPERIÊNCIA: A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO ATENDIMENTO ÀS CRIANÇAS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA SEXUAL: DESAFIOS ÉTICOS E EMOCIONAIS. GARDÊNIA MENEZES DE ARAUJO - UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ, ADRIANE DA COSTA CANTO - UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ, SILVANA RODRIGUES DA SILVA - HOSPITAL DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE/AP, TIRSIA JULIANA PESSOA BARBOSA MARTINS - HOSPITAL DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE, LUCIANA AGUIAR GASPAR - HOSPITAL DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE, AIMÊ MARECO PINHEIRO BRANDÃO - UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ, JOSIANE PRISCILA SALES ROCHA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ, MATHEUS BRITO MENDES - UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ
Período de Realização Primeiro trimestre de 2022, no atendimento às crianças vítimas de violência em pronto atendimento infantil.
Objeto da experiência O desafio ético e emocional do enfermeiro no atendimento às crianças vítimas de violência sexual.
Objetivos Relatar o sentimento ético e emocional do enfermeiro no atendimento às crianças vítimas de violência sexual e orientar a conduta profissional assumida, diante dos depoimentos dos responsáveis e da própria criança, na prestação da assistência de enfermagem.
Metodologia O atendimento às vítimas de violência acontece em um ambiente reservado, dentro do pronto atendimento infantil, onde as crianças são atendidas por uma equipe multiprofissional, incluindo o enfermeiro. A porta de entrada recebe casos agudos e crônicos. O fluxo inicia com a retirada da ficha de atendimento e encaminhamento, juntamente com o responsável para a sala de triagem e em seguida para realizar a escuta protegida pelo enfermeiro do serviço.
Resultados No dia a dia, nos deparamos com questões éticas e emocionais, enquanto enfermeiros, no atendimento às crianças vítimas de violência sexual. A violência sexual se manifesta pelo abuso e/ou pela exploração sexual de crianças. É uma violação de direitos humanos e um crime, que muitas das vezes vem acompanhada de situações aparentes e indicativas de negligência por parte dos responsáveis.
Análise Crítica A responsabilidade dos pais ou cuidadores para com a criança deve ir muito além das obrigatoriedades de fornecer as necessidades humanas básicas. Ouvir o relato e abster-se de comentários, legais e pessoais, constitui um desafio diário. Pois internamente, há a vivência de sentimentos de revolta e indignação, que não cabem ser expressos no momento do atendimento, o que revela uma complexa relação entre o cuidado humanizado e a atenção impessoal na assistência(BELTRAN-SALAZAR,2016).
Conclusões e/ou Recomendações Há de fato e de forma espontânea um abalo emocional por parte dos enfermeiros que muitas vezes podem associar os personagens do atendimento, com crianças do seu próprio cotidiano ou convívio. Uma das estratégias e ferramentas para sucumbir a isso, é traçar um plano impessoal de atendimento e condutas, sem comprometer a escuta qualificada e a humanização do serviço prestado.
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