SA3.39 - DESAFIOS DO ENFRENTAMENTO DA VIOLENCIA (TODOS OS DIAS)
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40352 - PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E TENDÊNCIA DE MORTALIDADE DE MULHERES POR AGRESSÕES EM UM MUNICÍPIO DE GOIÁS HÉRICA SOUZA LEGUIZAMON - SMS APARECIDA DE GOIÂNIA/GO, AMANDA CAROLINE DA SILVA FARIA - SMS APARECIDA DE GOIÂNIA/GO, DAYANNE PRISCYLLA PIRES DE DEUS CAPARROZ - SMS APARECIDA DE GOIÂNIA/GO, ADRIELLE CRISTINA SILVA SOUZA - SMS APARECIDA DE GOIÂNIA/GO
Apresentação/Introdução A violência é definida pela Organização Mundial da Saúde como o uso da força física ou do poder, real ou em ameaça, contra uma pessoa, grupo, comunidade ou contra si próprio e que resulte ou possa resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação. A violência contra a mulher é um fator social e um problema de saúde pública de proporções epidêmicas no Brasil.
Objetivos Analisar o perfil epidemiológico e a tendência da mortalidade por agressão em mulheres no município de Aparecida de Goiânia, no período de 2010 a 2020.
Metodologia Trata-se de estudo séries temporais, em um período de 10 anos, utilizando dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade. Consideraram-se as mortes por lesão me mulheres X85 a Y09, de acordo com a 10ª Revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID-10). Realizada análise de tendência por meio do método de Regressão de Prais-Winsten.
Resultados Foram identificados 223 óbitos de mulheres por agressões no município de Aparecida de Goiânia. Os óbitos concentraram na faixa etária de jovens-adultas, e predominaram raça/cor parda. A maioria das agressões foram por arma de fogo em vias públicas. A taxa de mortalidade média foi de 7,6 óbitos/100 mil mulheres, com tendência estacionária. Contrapondo a estudos nacionais não foi encontrado ascensão no número de óbitos diante dos eventos sanitários atípicos do contexto aa pandemia da Covid-19.
Conclusões/Considerações Os avanços legais e políticos para o enfrentamento à violência contra a mulher ainda são insuficientes no desmonte do modelo patriarcal, evidenciado pelo número de mulheres assassinadas. Os resultados apontam, apesar da estabilização, para a necessidade de políticas públicas de saúde e sociais adequadas à região. Ressalta-se que a complexidade da violência de gênero requer articulação intersetorial para a atenção integral à mulher.
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