Sessão Assíncrona


SA3.39 - DESAFIOS DO ENFRENTAMENTO DA VIOLENCIA (TODOS OS DIAS)

40333 - VIOLÊNCIA INTERPESSOAL E AUTOPROVOCADA CONTRA A MULHER: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO, PARANÁ - 2021.
MERARI GOMES DE SOUZA - SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ (SESA)., DORA YOKO NOZAKI GOTO - SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ (SESA)., ROSANE SOUZA FREITAS - SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ (SESA)., ELAINE CRISTINA VIEIRA DE OLIVEIRA - SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ (SESA)., CARLA KONIECZNIAK AGUIAR - SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ (SESA)., MARIA GORETTI DAVID LOPES - SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ (SESA).


Apresentação/Introdução
A violência de gênero é uma violação dos direitos humanos, inclui mulheres em todos estágios do ciclo da vida sem distinção, é um processo milenar que reflete as desigualdades históricas das relações de poder entre mulheres e homens. Tendo em vista a ascendência da violência de gênero e os impactos na saúde e demais setores, é necessário conhecer o cenário da violência no Estado.

Objetivos
Descrever o aspecto epidemiológico de violência interpessoal e autoprovocada praticada contra a mulher no Paraná em 2021.

Metodologia
Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem quantitativa, acerca dos registros de violência interpessoal e autoprovocada, no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (dados preliminares) em 2021 no Paraná, disponível no sitio eletrônico da Secretária de Estado da Saúde. Utilizou-se variáveis sociodemográficas: sexo, faixa etária, raça/cor, tipo de violência, local de ocorrência. Uso do programa Excel® e Tabwin® para a tabulação dos dados e análise descritiva, exposto por distribuição de frequência simples.

Resultados
Foram registrados 35.206 casos de violência interpessoal e autoprovocada no ano, destes 24.125 (69%), foram perpetrados contra o sexo feminino e a tipologia mais frequente foi a física (43,3%). Nos casos de violência contra mulheres, a maioria dos episódios ocorreu na residência (79%), na região de saúde que compreende a capital e região metropolitana (40,1%) e a faixa etária de 20 a 39 foi a mais prevalente (35,8%). Houve predomínio na cor branca (63,5%), contudo, trata-se de uma frequência simples.

Conclusões/Considerações
O estudo mostrou exposição de mulheres ao agravo, revelando a importância de compreender esse fenômeno, no intuito de conceber políticas públicas que proporcionem transformações e quebra de paradigma, propor ações prioritárias de promoção da saúde, cultura de paz e prevenção da violência de gênero, bem como atividades educativas, como foco na construção de vínculos de solidariedade e respeito às diversidades.