SA3.37 - DOENÇAS TRANSMISSIVEIS: VIGILANCIA , GESTÃO E CUIDADO (TODOS OS DIAS)
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44473 - IMPLANTAÇÃO DE UMA UNIDADE SENTINELA DE TOXOPLASMOSE OCULAR: UMA ABORDAGEM INOVADORA E PRIMORDIAL PARA A SAÚDE PÚBLICA. MICHELY APARECIDA DE SOUZA - SES-MG, ANA CLARA FERNANDES - UFMG, GILMAR JOSÉ COELHO RODRIGUES - SES-MG
Período de Realização O período de análise é de dezembro de 2021 a maio de 2022.
Objeto da experiência Implantação da Unidade Sentinela (US) de Toxoplasmose Ocular na Clínica de Olhos da Santa Casa da Misericórdia, em Belo Horizonte, Minas Gerais.
Objetivos Caracterizar o perfil epidemiológico do agravo em Minas Gerais; identificar a ocorrência e incidência da oculopatia por toxoplasma: por sexo, faixa etária, número de caso, local de ocorrência e tratamento dispensado, auxiliando assim, o planejamento de saúde pública.
Metodologia Foram elaborados e implementados formulários para notificação e investigação da forma ocular; formulário para registro de agregado semanal por grupo etário, sexo e categoria clínica, de todos os atendimentos do serviço. Os dados coletados foram registrados por semana epidemiológica (SE), no sistema EPIINFO 7, e analisados às terças feiras. Foi habilitado o CID B58.0 (Oculopatia por Toxoplasma) no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) para notificação desses casos ao Estado.
Resultados Em 23 semanas epidemiológicas foram realizadas 19.107 consultas oftalmológicas, sendo 51,9% (9.914/19.107) do sexo masculino. O grupo etário predominante foi o de 60anos ou +, com 29,8% (5.689/19.107) dos atendidos. Foram identificados 8 pacientes com oculopatia por toxoplasma, 75,0% (6/8) confirmados por meio de exames laboratoriais (IgG e IgM) e 25,0% (2/8) estão em investigação. Dos confirmados, 50,0% (3/6) foram na SE 04/22, e o grupo de 30 a 39 anos representou 33,3% (2/6) dos casos.
Análise Crítica Os resultados apontam que o grupo etário mais atendido no serviço foram os idosos (60 anos ou +), quanto aos casos confirmados para oculopatia por toxoplasma, a faixa etária predominante foi a adulta (30 a 39 anos). Em relação a raça/cor e escolaridade não houve predomínio significativo. Essa vigilância é nova no estado/país e encontra-se em construção, principalmente junto aos profissionais do serviço, o que explica o alto número de casos notificados na SE 04/22, início da implantação da US.
Conclusões e/ou Recomendações A US precisa de aprimoramentos para alcançar todos os objetivos propostos. O projeto carece de adesão dos profissionais e de parâmetros de comparação. Devido ao pouco tempo de efetiva execução não é possível considerar o agravo como doença compulsória universal. Assim, se faz viável a implantação de mais US no estado/país, para parametrização do agravo. Por fim, recomenda-se a notificação, qualificação e divulgação dos casos e resultados.
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