SA3.37 - DOENÇAS TRANSMISSIVEIS: VIGILANCIA , GESTÃO E CUIDADO (TODOS OS DIAS)
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43264 - AVALIAÇÃO DE ACESSO AOS SERVIÇOS DE ATENÇÃO ÀS HEPATITES VIRAIS NO ESTADO DE MATO GROSSO – MT, BRASIL JOSUÉ SOUZA GLERIANO - UNEMAT, LUCIELI DIAS PEDRESCHI CHAVES - EERP/USP
Apresentação/Introdução As hepatites virais possuem alto impacto de morbidade e mortalidade no mundo, cujos prevalência e incidência variam em decorrência da região geográfica e fatores socioeconômicos, foram consideradas prioritárias na agenda 2030. Usar as hepatites como uma condição traçadora na avaliação poderá contribuir para a gestão guiar estratégias, subsidiando a organização do acesso aos serviços de saúde.
Objetivos Avaliar a rede de atenção à saúde, na perspectiva do acesso à atenção às hepatites virais, como condição traçadora de resultados de um sistema estadual de saúde.
Metodologia Pesquisa avaliativa (CAAE: 01481918.0.3001.5164), de método misto sequencial (QUAN → qual), utilizando hepatites virais como condição traçadora, desenvolvida no estado de Mato Grosso. Dados quantitativos foram extraídos do IBGE e DATASUS analisados por estatística descritiva e georreferenciamento. Dados qualitativos foram coletados em entrevistas com informantes-chave da gestão em saúde submetidos à análise de conteúdo, apresentada em quatro categorias que englobam a dinâmica na região de saúde, aspectos que dificultam o acesso e que o potencializam além de situações contextuais que impactam no enfrentamento das hepatites virais.
Resultados Maior concentração de casos de hepatite B e C na Região de Saúde (RS) da Baixada Cuiabana e Sul Mato-grossense. São 26 serviços ambulatoriais, de abrangência municipal e regional, não configuram a lógica de regionalização. Maior oferta e heterogeneidade de serviços na macrorregião (MRS) e RS Sul. 119 serviços ofertam teste rápido. Indisponibilidade de coleta de material para carga viral em uma MRS e cinco RS. Leitura do exame de carga viral acontece em duas MRS. Cinco RS não ofertam tratamento. Ausência de coleta de material para genotipagem em uma MRS e em sete RS. Esses dados articulados às falas dos participantes permitem explicitar a organização da rede no estado.
Conclusões/Considerações Barreiras e desigualdade na oferta de serviços mostram fragilidade no acesso, que pode ser maior quando analisada a trajetória assistencial do usuário. Para superar assimetrias de recursos, deve-se investir na discussão da governança regional, para além do campo do território, incluindo a capacidade de interlocução de novos arranjos, potencializando a política pública, de saúde e social.
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