Sessão Assíncrona


SA3.37 - DOENÇAS TRANSMISSIVEIS: VIGILANCIA , GESTÃO E CUIDADO (TODOS OS DIAS)

43222 - PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA COQUELUCHE NO ESTADO DE SANTA CATARINA, 2011 A 2021
JESSIKA ANGELA FREITAS DE OLIVEIRA - UFSC/DIVE, LAÍS DE ALMEIDA RELVAS-BRANDT - OPAS, ARIELI SCHIESSL FIALHO - DIVE, CHAIANE NATIVIDADE DE SOUZA GONÇALVES - DIVE, ALDA MARIA RODOLFO - DIVE, GISELE BARRETO - DIVE, FERNANDA ROSENE MELO - DIVE


Apresentação/Introdução
A coqueluche é uma doença infecciosa aguda, de alta transmissibilidade e distribuição universal, causada pela bactéria Bordetella pertussis. Compromete especificamente o aparelho respiratório (traqueia e brônquios) e se caracteriza por paroxismos de tosse seca. Desde 1975, é uma das doenças de notificação compulsória, tendo na vacina sua principal medida de prevenção.

Objetivos
Descrever o perfil epidemiológico dos casos de coqueluche em Santa Catarina de 2011 a 2021.

Metodologia
Estudo descritivo e retrospectivo dos casos suspeitos de coqueluche realizado em Santa Catarina no período de 2011 a 2021. Os dados foram extraídos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação - SINAN NET por meio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica do estado e analisados com uso do software R Studio.

Resultados
No período, foram notificados 6443 casos suspeitos, destes, 1217 (18,9%) foram confirmados. A oportunidade da coleta ocorreu em 12,6% dos casos notificados e 75,5% tiveram coleta de secreção de nasofaringe. O critério de confirmação foi majoritariamente laboratorial, com 74,5%, seguido de clínico 15,6% e de vínculo epidemiológico 7,8%. A faixa etária que concentrou o maior número de casos foi a de menores de 1 ano de idade, e dentro deste grupo, os menores de 1 mês tiveram o maior número de casos. Dos casos confirmados, 22,3% nunca tomaram vacina, 19,1% apenas uma dose. O sexo feminino foi predominante com 54,9% das notificações.

Conclusões/Considerações
A coqueluche deve ainda ser considerada uma doença de importância para a saúde pública onde todos os casos suspeitos devem ser notificados e investigados. Salienta-se a importância de seguir a definição de caso para a realização de coleta e critérios de confirmação. Além disso, por tratar-se de uma doença imunoprevinivel, a atualização do calendário vacinal é de extrema importância.