Sessão Assíncrona


SA3.37 - DOENÇAS TRANSMISSIVEIS: VIGILANCIA , GESTÃO E CUIDADO (TODOS OS DIAS)

40884 - ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE INTERNAÇÕES POR MENINGITES NO BRASIL ENTRE 2018 E 2019
SILVIA LETÍCIA CERQUEIRA DE JESUS - INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MINAS GERAIS, MANUEL ALVES DE SOUSA JUNIOR - INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA BAHIA


Apresentação/Introdução
A meningite é uma doença grave e continua sendo um grande desafio para a saúde pública no Brasil e no mundo. Em decorrência da magnitude e da dispersão das Meningites no Brasil, o estudo do perfil epidemiológico dos internamentos ocasionados por pessoas acometidas pelas meningites poderá gerar informações importantes para a vigilância em saúde.

Objetivos
Avaliar o perfil epidemiológico das internações por inflamação nas meninges no Brasil, no período de 2018 e 2019.

Metodologia
Estudo descritivo e retrospectivo, obtidos através dos registros do Sistema de Internamento Hospitalar (SIH), disponíveis no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) referentes aos internamentos por essas doenças no Brasil, no período de 2018 e 2019, por local de residência. Foram analisadas as seguintes variáveis: faixa etária, gênero (masculino e feminino), cor/raça, etiologia, região federativa e unidade federativa. Por se tratar da avaliação de um estudo realizado com dados secundário, oriundo de banco de dados nacional (DATASUS), o estudo foi dispensado de submissão a um Comitê de Ética em Pesquisa (CEP).

Resultados
No período de 2018 a 2019, foram registrados 15.653 internamentos por meningites no Brasil. Houve concentração na região Sudeste (43,9%) e o Estado com maior percentual foi São Paulo (29,4%). A população predominantemente acometida, foi de pessoas do sexo masculino (56,2%), na faixa etária de 1 a 4 anos (15,9%), na cor branca (37,9%). Em relação a etiologia, houve predominância da meningite bacteriana não classificada (47,5%).

Conclusões/Considerações
Os resultados apresentados neste estudo evidenciaram a necessidade de fortalecimento de políticas públicas que estabeleçam oferta de diagnóstico gratuito e de qualidade, além de estabelecimento de ações preventivas, a exemplo da vacinação. Outra ação de relevada importância é a educação permanente dos profissionais da assistência pautada na suspeição precoce dos casos e a educação em saúde da população voltada para a prevenção dessa enfermidade.