SA3.37 - DOENÇAS TRANSMISSIVEIS: VIGILANCIA , GESTÃO E CUIDADO (TODOS OS DIAS)
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40761 - ESTRATIFICAÇÃO DE ÁREAS DE RISCO DE TRANSMISSÃO DE SARAMPO: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA PAULA BARBOSA DA CONCEIÇÃO - IESC/UFRJ, LARISSA NUNES - IESC/UFRJ, YASMIN TOLEDO - IESC/UFRJ, HEITOR LEVY FERREIRA PRAÇA - GRUPO DE INTELIGÊNCIA GEOGRÁFICA EM SAÚDE E SOCIOAMBIENTE, ALEXANDRE SAN PEDRO - IESC/UFRJ, GERUSA BELO GIBSON DOS SANTOS - IESC/UFRJ
Apresentação/Introdução As recentes epidemias de sarampo associadas às dificuldades no alcance de metas ampliadas de coberturas vacinais reacenderam a preocupação quanto ao risco de reemergência ou recrudescimento da doença em diferentes regiões do mundo. Uma das ferramentas para o enfrentamento desse cenário consiste na avaliação de área quanto ao risco de transmissão conforme recomendações da OMS.
Objetivos Analisar as publicações científicas que aplicaram métodos de estratificação para identificação de áreas de risco de transmissão de sarampo.
Metodologia Foi realizada uma revisão sistemática de artigos científicos tendo como critério de inclusão estudos que abordaram modelos de estratificação de risco. Foram utilizados os descritores “Risk Assessment AND Measles” no título e no resumo, nas bases de dados PUBMED e SCIELO. A seleção dos artigos foi realizada por pares de forma independente, sendo que as discordâncias foram avaliadas por um terceiro pesquisador. Para a extração e análise das informações foi elaborado formulário contendo dados do ano de publicação, autoria, país de realização de estudo, objetivo, escala geográfica de análise, método utilizado, indicadores, limitações e agência de fomento.
Resultados Dos 45 artigos inicialmente identificados, 13 atenderam aos critérios de inclusão e foram produzidos entre os anos de 2008 e 2019 nos seguintes países: (1) Brasil, (3) Irã, (1) Namíbia, (1) Chile, (1) Áustria, (2) Romênia, (1) China e (1) índia, (1) Senegal e (1) Filipinas. Quanto à unidade de análise geográfica, 8 utilizaram distritos, 4 municípios e 1 usou o nível estadual. Quanto ao método de estratificação, 7 deles aplicaram a ferramenta de Avaliação Programática da OMS. As principais dimensões de indicadores utilizados foram: imunidade, epidemiológicos, demográficos, qualidade da vigilância, desempenho do programa de imunização, fluxo populacional e populações vulneráveis.
Conclusões/Considerações Dado o cenário de reemergência de sarampo em várias regiões do mundo, os achados revelam que a aplicação de métodos de estratificação de risco para contextos locais é incipiente, com pouca representatividade regional. Neste sentido, é necessário avançar na superação das limitações apontadas nos estudos, em especial, quanto à capacidade técnica para análises de risco, à atualização e à compatibilização (temporal/espacial) de dados.
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