SA3.36 - OLHARES SOBRE A TUBERCULOSE E HANSENIASE E SEUS DESAFIOS (TODOS OS DIAS)
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44181 - PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA HANSENÍASE NO MUNICÍPIO DE GOIANA-PE, 2015 A 2020 JOSÉ LANCART DE LIMA - SES-PE, DANIELE UCHOA BARROS ALVES - SES-PE, GIANNE RODRIGUES - SES-PE, ANTÔNIO FLAUDIANO BEM LEITE - SES-PE, ISABÔ ÂNGELO BEZERRA - SES-PE
Apresentação/Introdução A hanseníase é uma doença infecciosa, de caráter crônico e considerada um grande problema de saúde pública em países como o Brasil, especificamente nas áreas mais vulneráveis. O agente etiológico é o Mycobacterium leprae, bacilo que afeta os nervos periféricos, a pele e os olhos. A doença pode avançar lenta e progressivamente e causar incapacidades físicas, quando não tratada.
Objetivos Descrever o perfil epidemiológico da hanseníase, no município de Goiana-PE, no período de 2015 a 2020
Metodologia Trata-se de um estudo transversal, que utilizou dados secundários do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), tabulados no TabNet Datasus, referentes aos casos de hanseníase notificados em Goiana-PE entre 2015 e 2020. Para o estudo, foram designadas variáveis sociodemográficas e clínico-epidemiológicas, tais como sexo, idade, forma clínica e classificação operacional.
Resultados O estudo identificou 140 casos de hanseníase em Goiana. O sexo masculino predominou (57,8%) e a faixa etária dos 30 a 49 anos (42,1%). Ademais, se observou que em menores de 15 anos a proporção da doença foi de 8,6%. Isso indica focos de transmissão ativa, que estão sendo detectados tardiamente. A forma clínica mais prevalente foi a dimorfa (30,0%), o que reforça a hipótese da manutenção da cadeia de transmissão. Os multibacilares (70,7%) foram dominantes, e, para fins operacionais de tratamento, são a forma mais grave da doença. Em relação ao esquema terapêutico e ao tipo de saída do registro, 67,1% fazem uso do PQT/MB/12doses, com 82,8% evoluindo para a cura e apenas 2,8% para o abandono.
Conclusões/Considerações Conhecer o perfil epidemiológico e os fatores associados a transmissão da hanseníase é essencial para ajudar a contê-la. Em Goiana ainda se nota alta prevalência de hanseníase, com ênfase em menores de 15 anos e casos multibacilares, reforçando a hipótese da detecção tardia. Apesar de uma boa taxa de cura, é preciso investir na Atenção Primária em Saúde, a fim de promover detecção precoce dos casos e controlar a propagação deste agravo.
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