Sessão Assíncrona


SA3.36 - OLHARES SOBRE A TUBERCULOSE E HANSENIASE E SEUS DESAFIOS (TODOS OS DIAS)

43204 - AÇÕES INTERINSTITUCIONAIS NO CONTEXTO DO CUIDADO E DA GARANTIA DE DIREITOS À SAÚDE DAS PESSOAS AFETADAS PELA HANSENÍASE EM PERNAMBUCO
BRENO AUGUSTO RODRIGUES DE LIMA - UPE, RAPHAELA DELMONDES DO NASCIMENTO - UPE, DANIELLE CHRISTINE MOURA DOS SANTOS - UPE, SABRINA LIMA DE ALMEIDA - UPE, RANDAL DE MEDEIROS GARCIA - MORHAN, MAYARA FERREIRA LINS DOS SANTOS - MORHAN, HÉLLEN XAVIER OLIVEIRA - NHR, MARIZE CONCEIÇÃO VENTIN - NHR, JOSÉ ALEXANDRE MENEZES DA SILVA - NHR, SAMMEA GRANJEIRO BATISTA - PREFEITURA DO RECIFE


Período de Realização
As ações interinstitucionais vêm sendo realizadas desde 2014 no estado de Pernambuco.

Objeto da experiência
Realizar a articulação de programa de extensão universitária em conjunto com Movimento Social, ONG e ente governamental, no contexto da hanseníase.

Objetivos
Relatar articulação interinstitucional entre programa de extensão da Universidade de Pernambuco - UPE, com o Movimento de reintegração das pessoas atingidas pela hanseníase – Morhan; a Organização Não Governamental NHR Brasil; e a Coordenação municipal de controle da hanseníase de Recife.

Metodologia
Trata-se de um relato de experiência da articulação interinstitucional realizada entre programa de extensão da UPE, Movimento Social, ONG e ente governamental. As ações são coordenadas por duas docentes, a partir de dois projetos de extensão que vincula estudantes de enfermagem. As ações acontecem na cidade de Recife – PE e região metropolitana, e a articulação entre os parceiros envolvidos acontecem desde 2014, a partir da execução de projetos em comum e apoio às ações universitárias.

Resultados
A média de ações anuais realizadas, a partir das articulações firmadas entre os atores, são de 82 ações, entre: ações de mobilizações comunitárias; apoio à grupos de autocuidado; busca ativa de casos; visita à usuários; reuniões com gestores de saúde; treinamento de profissionais; ações junto à entidade de defesa de direitos. Sendo alcançadas diretamente pelas ações uma média de 1.500 pessoas por ano, entre pessoas afetadas pela hanseníase, profissionais de saúde e população em geral.

Análise Crítica
A hanseníase é um problema de saúde pública persistente no Brasil, é estigmatizante, incapacitante, negligenciada e é associada com a pobreza. Diante da complexidade das questões relacionadas ao seu enfrentamento, é fundamental a integração de vários atores sociais. Assim, tornam-se relevante atividades conjuntas entre Universidade, movimento de pessoas afetadas e ONGs na perspectiva da realização de ações voltadas à hanseníase, que não tem sido coberta pela política de saúde de forma efetiva.

Conclusões e/ou Recomendações
A articulação interinstitucional realizada contribui para: o fortalecimento da Política local e nacional de controle da hanseníase; a maior garantia dos direitos sociais dos usuários afetados; a qualificação das práticas de cuidado; e a formação estudantil crítica pautada na resolução de problemas sociais prioritários. Assim, vêm se configurando como uma prática importante para o controle da doença e para o cuidado às pessoas afetadas.