SA3.36 - OLHARES SOBRE A TUBERCULOSE E HANSENIASE E SEUS DESAFIOS (TODOS OS DIAS)
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41712 - ANÁLISE DOS CASOS DE HANSENÍASE EM RESIDENTES DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO NO PERÍODO DE 2017 A 2021. CAMILA SOUZA DE FREITAS - SMS - RJ, MARCIA SANDRE COELHO COUTINHO - SMS - RJ
Apresentação/Introdução A hanseníase é uma doença causada pela bactéria Mycobacterium Leprae, transmitida por gotículas do nariz e boca em contato próximo e prolongado de doentes não tratados. Acomete a pele e nervos periféricos e pode levar a incapacidades físicas. Em 2021, a OMS lançou a Estratégia Global de Hanseníase 2021-2030, intitulada “Rumo à Zero Hanseníase” com meta a eliminação da doença.
Objetivos Descrever os casos de hanseníase em residentes do Município do Rio de Janeiro (MRJ) no período de 2017 a 2021 segundo perfil sociodemográfico e aspectos clínicos mais prevalentes.
Metodologia Estudo transversal dos casos de hanseníase em residentes do MRJ no período de 2017 a 2021. Os dados epidemiológicos foram obtidos do banco de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), disponibilizado pela Coordenação do curso EpiSUS Fundamental Rio. Como fonte de dados, utilizou-se as fichas de notificação de hanseníase, onde foram avaliadas as variáveis: data do diagnóstico, sexo, raça/cor, idade, área de residência, forma clínica, classificação operacional, grau de incapacidade e baciloscopia. Para análise descritiva, tabulação e construção de gráficos e tabelas foi utilizado o programa Microsoft Excel®.
Resultados O ano de 2017 foi o que apresentou o maior número de casos, totalizando 28,4% das notificações. O sexo masculino e a raça/cor parda apresentaram uma maior frequência com 55,4% e 42,9% dos registros, respectivamente. A faixa etária mais acometida foi a de 56 a 65 anos (67,2%), com mediana de idade de 50 anos. Com relação à classificação operacional, em todos os anos do estudo, houve predominância da forma multibacilar com 67,2% dos casos. Na avaliação por área de residência observou-se que a Área Programática 5.2, maior área em extensão geográfica da cidade, teve a maior ocorrência com 17%. Com relação à baciloscopia, dentre os 874 exames realizados, 56,4% apresentaram positividade.
Conclusões/Considerações Reforça-se que a Hanseníase se mantém como um problema de saúde pública. A educação continuada para a atenção primária é fator fundamental para redução da doença, diagnóstico precoce e prevenção de incapacidades. É necessário sensibilizar os profissionais para busca sistemática de casos, para consecução da equidade, assim como de ações de promoção e protetivas aos usuários, para que seus direitos sejam garantidos e sua saúde preservada.
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