SA3.36 - OLHARES SOBRE A TUBERCULOSE E HANSENIASE E SEUS DESAFIOS (TODOS OS DIAS)
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41085 - TENDÊNCIAS E PADRÕES ESPACIAIS DA MORTALIDADE POR TUBERCULOSE NO BRASIL ALEXANDRE SAN PEDRO - INSTITUTO DE ESTUDOS EM SAÚDE COLETIVA – IESC/UFRJ, PAULO VICTOR DE SOUSA VIANA - CENTRO DE REFERÊNCIA PROFESSOR HÉLIO FRAGA, FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ - FIOCRUZ, GERUSA GIBSON - INSTITUTO DE ESTUDOS EM SAÚDE COLETIVA – IESC/UFRJ, NATALIA SANTANA PAIVA - INSTITUTO DE ESTUDOS EM SAÚDE COLETIVA – IESC/UFRJ
Apresentação/Introdução A tuberculose persiste como uma das principais doenças transmissíveis de relevância em saúde pública, sendo a redução de sua morbidade e mortalidade considerada uma meta prioritária de agendas globais de desenvolvimento sustentável.
Objetivos Analisar as tendências e padrões espaciais da mortalidade por tuberculose (TB) no Brasil, considerando os óbitos codificados como causa básica (CID-10 A15 a A19), referentes ao período de 2010 a 2020.
Metodologia Estudo ecológico, de séries temporais combinado à análise de padrões espaciais, baseado em dados do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM/DATASUS). A tendência temporal das taxas foi analisada por modelo de regressão por pontos de inflexão (Joinpoint). Na abordagem espacial, foram estimadas as taxas brutas e suavizadas de mortalidade por município, combinada à análise da autocorrelação espacial usando o indicador LISA (local index spatial autocorrelation), além da identificação de conglomerados espaciais pelo método de varredura SCAN.
Resultados A tendência temporal da mortalidade de TB no Brasil teve declínio significativo no período, com variação percentual anual média (AAPC) de -1,3% (IC95%: -2,1; -0,5). A mesma tendência foi observada para as regiões Nordeste, com AAPC de -2,4% (IC95%: -2,1; -0,5) e Sudeste AAPC de -1,3 (IC95%: -2,1;-0,4). As maiores taxas foram observadas, principalmente, em municípios da região litorânea das regiões Sudeste e Nordeste, além das regiões Centro- Oeste (Mato Grasso e Mato Grosso do Sul) e Norte. Foram identificados clusters de alto risco de mortalidade em todas as regiões do país, em especial, na região Norte (Amazonas e Pará) e Centro-Oeste (Mato Grosso e Mato Grosso do Sul).
Conclusões/Considerações Apesar da tendência geral de redução das taxas de mortalidade no país, persistem marcadas desigualdades macrorregionais, com formação de clusters de alto risco, que destacam a situação prioritária de algumas áreas. Sob este aspecto, é necessário concentrar esforços para fortalecer a rede assistencial e o cuidado visando reduzir a mortalidade por tuberculose, uma causa considerada evitável.
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