Sessão Assíncrona


SA3.36 - OLHARES SOBRE A TUBERCULOSE E HANSENIASE E SEUS DESAFIOS (TODOS OS DIAS)

40781 - PROJETO “RODA-HANS”: INSTRUMENTO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE, DIAGNÓSTICO PRECOCE E CONTROLE DA HANSENÍASE NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
RACHEL BARCELOS GALLAS - ISC - UFF, ANDRÉ LUIZ DA SILVA - GERHANSH-SES/RJ, REGINA FLAUZINO - ISC - UFF, ANA MARIA FERNANDES DO NASCIMENTO - UFRJ, LAIZ BUENO RODRIGUES - IESC - UFRJ, ISABELLA FELIPPE CAVALCANTE MEIRA DA SILVA - UNIRIO, LEANDRO AUGUSTO PIRES GONÇALVES - ISC - UFF, JACKELINE CHRISTIANE PINTO LOBATO - ISC - UFF


Apresentação/Introdução
O projeto “Roda-Hans: Carreta da Saúde–Hanseníase” foi uma ação da Gerência de Hanseníase da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro com o Ministério da Saúde para proporcionar atendimento qualificado e possibilitar o diagnóstico precoce de Hanseníase, a partir da capacitação de profissionais de saúde e da “disponibilização” de uma carreta itinerante para atendimento da população.

Objetivos
Apresentar o projeto “Roda-Hans” e descrever a população por ele atendida no estado do Rio de Janeiro.

Metodologia
O projeto “Roda-Hans” é um atendimento itinerante em uma carreta com cinco consultórios e um laboratório para coleta de baciloscopia. A capacitação dos profissionais da atenção básica e unidades de referência enfocou o eixo Educação Permanente em Saúde. A carreta percorreu 19 municípios das 9 regiões do Estado entre 05 de agosto e 27 de setembro de 2019, priorizando lugares com alta carga da doença, disponibilidade do município em receber o projeto e municípios sem dados suficientes da doença. Foi utilizada a classificação operacional baseada no número de lesões cutâneas para definir a forma clínica da doença. Análises descritivas da população atendida foram realizadas no software Stata 12.

Resultados
Foram capacitados 614 profissionais de saúde, sendo 49% enfermeiros, 32% médicos, 12% fisioterapeutas/terapeutas ocupacionais e 7% técnicos para coleta. Um total de 2793 pessoas foram atendidas, sendo 59,6% do sexo feminino e 48,8% autodeclaradas de raça/cor preta ou parda. Realizaram-se 61 diagnósticos de Hanseníase, sendo 53 casos novos. Destes, 86,8% tinham 15 anos ou mais, 45,3% apresentaram graus 1 ou 2 de incapacidade física, 41,5% das lesões classificadas como paucibacilar e 58,5% como multibacilar. Dos casos existentes, dois estavam em tratamento, três haviam abandonado o tratamento, um era recidivo e dois recusaram tratamento. Além disso, 35 casos foram classificados como suspeitos.

Conclusões/Considerações
O “Roda-Hans” foi um marco no combate à hanseníase, que articulou ações da Vigilância e Atenção Básica. A capacitação obteve boa adesão, abrindo caminho para futuras atividades de Educação Permanente para diagnóstico precoce e controle da doença. Faz-se necessário maior investimento em ações de divulgação de informação e mobilização para as campanhas de enfrentamento, conscientização da população e realização de diagnóstico precoce de qualidade.