SA3.35 - DESAFIOS DA VIGILANCIA E ATENÇÃO À SÍFILIS (TODOS OS DIAS)
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44045 - SÍFILIS EM GESTANTE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E QUALIDADE DE VIDA EM DOIS MUNICÍPIOS DO ESTADO DE SÃO PAULO, 2022 CAROLINA MATTEUSSI LINO - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA, SAYURI TANAKA MAEDA - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, ESCOLA DE ENFERMAGEM, MARIA DA LUZ ROSÁRIO DE SOUSA - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA, MARÍLIA JESUS BATISTA DE BRITO MOTA - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA; FACULDADE DE MEDICINA DE JUNDIAÍ
Apresentação/Introdução O controle da sífilis continua sendo um desafio para os profissionais de saúde, apesar de tratar-se de uma infecção conhecida há muito tempo – com primeiros indícios no final do século XV – e possuir um tratamento acessível no âmbito do Sistema Único de Saúde. Durante a gestação, sua ocorrência é preocupante devido ao risco de transmissão vertical e impacto na vida da mãe e do concepto.
Objetivos O objetivo foi descrever o perfil epidemiológico e a qualidade de vida de gestantes que realizaram o acompanhamento pré-natal na Atenção Primária à Saúde (APS) no período de 2020 a 2022.
Metodologia Estudo transversal, realizado a partir de um recorte de um estudo de caso-controle realizado em dois municípios do Estado de São Paulo. Participaram do estudo gestantes soropositivas para sífilis na gestação atual, com diagnóstico confirmado a partir de teste treponêmico e não treponêmico, que realizaram o acompanhamento pré-natal em unidades de saúde da APS. Foi aplicado questionário para obtenção de dados socioeconômicos, comportamentais e de saúde reprodutiva e sexual. A qualidade de vida (QV), medida com SF-12, foi dicotomizada a partir da mediana, sendo classificada como QV boa (acima de 50,6 para o componente físico e 51,9 para componente o mental) ou QV ruim.
Resultados Participaram, até o momento, 30 gestantes soropositivas para sífilis. Houve predomínio de mulheres autodeclaradas brancas (n = 14), com ensino médio completo (n = 16) e renda familiar entre 1 e 2 salários mínimos (n = 8). Quanto ao comportamento de saúde, houve predomínio de não tabagistas (n = 16), que já fizeram uso de bebida alcóolica (n = 19) e drogas ilícitas (n = 8). Dentre as entrevistadas, 13 eram primigestas, 29 haviam finalizado o tratamento, 11 relataram diagnóstico anterior de IST e 16 desconheciam a sífilis até o momento do diagnóstico. Quanto à qualidade de vida, 46% (n = 14) das gestantes apresentaram QV ruim no componente físico e 43% (n = 13) QV ruim no componente mental.
Conclusões/Considerações Os resultados parciais evidenciaram que a maior parte das gestantes apresentou uma qualidade de vida ruim no que diz respeito aos componentes físico e mental. Mesmo diante das particularidades que impactam diretamente na qualidade de vida, este resultado demonstra a importância de intervenções para com este público, de forma que as gestantes possam alcançar níveis adequados de bem-estar e qualidade de vida.
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