Sessão Assíncrona


SA3.35 - DESAFIOS DA VIGILANCIA E ATENÇÃO À SÍFILIS (TODOS OS DIAS)

43471 - PREVALÊNCIA DE SÍFILIS ADQUIRIDA EM PORTO ALEGRE: DADOS PRELIMINARES DO PROJETO SIM (SAÚDE, INFORMAÇÃO E MONITORAMENTO DE IST)
EMERSON SILVEIRA DE BRITO - UFCSPA; HMV, THAYANE MARTINS DORNELLES - UFCSPA; HMV, LUANA GIONGO PEDROTI - HMV, ELIANA WENDLAND - UFCSPA; HMV


Apresentação/Introdução
A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível que, pesar de seu caráter prevenível e tratável, apresenta uma alta incidência em todo o Brasil, principalmente na região sul. Entre os principais riscos da doença, ressalta-se a transmissão congênita e um maior risco de infecção pelo vírus HIV. Desta forma, o diagnóstico e o tratamento adequado são fundamentais para controle da doença.

Objetivos
Avaliar a prevalência de casos de sífilis na população adulta no município de Porto Alegre.

Metodologia
Estudo transversal realizado na unidade móvel do Projeto SIM, em Porto Alegre, entre agosto de 2021 e maio de 2022. Os participantes acessaram a unidade por livre demanda. Indivíduos maiores de 18 anos responderam a um questionário semiestruturado seguido de testagem rápida (TR) para sífilis. Participantes com teste reagente eram convidados a realizar coleta sanguínea para exame confirmatório utilizando VDRL e TPHA, quando necessário. Análise descritiva preliminar, no qual foram utilizadas frequências absolutas e relativas.

Resultados
Dos 3.041 participantes incluídos, 1.601 eram homens e 1.440 mulheres. A média de idade foi 42,4 (DP 15,8). Do total de TR realizados, 505 (16,6%) foram reagentes para sífilis, sendo 229 (45,3%) em mulheres e 276 (54,7%) em homens (p<0,01). Entre os reagentes, 390 (77,2%) realizaram coleta para exame confirmatório. 146 participantes apresentaram sífilis ativa (titulação≥1:4), representando 5,0% da amostra.

Conclusões/Considerações
A alta prevalência de sífilis ativa na população indica a necessidade de repensar as políticas públicas atuais, objetivando a quebra da cadeia de transmissão e o controle da doença. Estratégias de testagem e monitoramento do tratamento, bem como o incentivo ao uso de preservativo e campanhas de prevenção são urgentes.