Sessão Assíncrona


SA3.35 - DESAFIOS DA VIGILANCIA E ATENÇÃO À SÍFILIS (TODOS OS DIAS)

40917 - ANÁLISE DA SÍFILIS CONGÊNITA NO BRASIL NOS ÚLTIMOS DEZ ANOS: UM INDICADOR DE RISCO PARA DEFICIÊNCIA AUDITIVA
GRAZIELA LIEBEL - UNIVALI, ANA ALICE BROERING ELLER - UNIVALI, SARAH EMILY SILVA BASTOS - UNIVALI, SÉRGIO GABRIEL WERNER ZIMMERMANN - UNIVALI, ANDRIGO BORBA DOS SANTOS - UNIVALI, ANITA MARIA DA ROCHA FERNANDES - UNIVALI


Apresentação/Introdução
A Sífilis Congênita é considerada um problema de saúde pública no Brasil, com possibilidade de ocasionar intercorrências pré, peri e pós-natais pela transmissão vertical. A infecção por sífilis é responsável por uma alta taxa de morbimortalidade, podendo levar à hipoacusia neurossensorial precoce ou tardia, prejudicando o principal responsável pela aquisição da fala e linguagem: a audição.

Objetivos
Analisar o comportamento da Sífilis Congênita no Brasil e do diagnóstico da deficiência auditiva, associando indicadores sociais, demográficos e econômicos por Região/Unidade da federação entre 2010 e 2020.

Metodologia
O trabalho de campo reuniu as informações por meio dos sistemas de informação, DATASUS, Sinan e SIA, além do Sistema de Gerenciamento da Tabela de procedimentos SUS (SIGTAP), Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (SCNES), para coletar demais variáveis. Foram examinados os bancos de dados do IBGE a fim de definir as características socioeconômicas e demográficas no período de 2010 a 2020. Os dados foram tabulados exportados para o software SPSS . Foi aplicada estatística descritiva das variáveis obtendo se frequência, média, desvio padrão, valores máximos e mínimos. Para análise inferencial foi utilizado regressão por Modelos Lineares Generalizados.

Resultados
Em 2010, foi observada maior quantidade de casos de sífilis congênita até 6 dias nos neonatos em todo o Brasil, com maior destaque para a região Sudeste, com 2881 casos, de um total de 6645 no Brasil nessa faixa etária. Os anos entre 2011 e 2020 apresentaram panorama semelhante ao de 2010, com maior prevalência na região Sudeste, destaque para o estado do Rio de Janeiro. No ano de 2020, foram notificados 20377 casos em crianças até 6 dias, 370 entre 7-27 dias e 235 entre acima de 28 dias e menores de um ano, em todo o país. Maior prevalência no sexo feminino e com pré-natal.

Conclusões/Considerações
A sífilis congênita é um fator de risco para deficiência auditiva em bebês, com a taxa de incidência aumentando ao longo dos últimos anos, atribuída ao aprimoramento do sistema de vigilância e à ampliação da utilização de testes rápidos. Assim, é necessário um aprimoranto das políticas públicas intersetoriais para evitar a contaminação.