Sessão Assíncrona


SA3.35 - DESAFIOS DA VIGILANCIA E ATENÇÃO À SÍFILIS (TODOS OS DIAS)

39903 - ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DOS CASOS DE SÍFILIS GESTACIONAL E CONGÊNITA NO MUNICÍPIO DE SÃO LEOPOLDO, RIO GRANDE DO SUL
ANA MARIA PEDROLO - PREFEITURA DE SÃO LEOPOLDO-RS, EDUARDA CAMARGO FINGER - RESIDÊNCIA INTEGRADA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE COLETIVA, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL., PAULA SUSELI SILVA - PREFEITURA DE SÃO LEOPOLDO-RS, VANESSA BACKES - PREFEITURA DE SÃO LEOPOLDO-RS, LOTÁRIO DE SOUZA - PREFEITURA DE SÃO LEOPOLDO-RS, LISIANE BITENCOURT DA SILVA - PREFEITURA DE SÃO LEOPOLDO-RS


Período de Realização
A análise epidemiológica no período de dezembro de 2021 a abril de 2022.

Objeto da experiência
Compreender as razões para esta situação epidemiológica e encaminhar melhorias nos pontos necessários para mudança do quadro.

Objetivos
Realizar a análise geral de casos de sífilis em gestante e congênita, com posteior análise apurada de correlação entre os casos, bem com a discussão dos resultados entre os atores envolvidos da rede de assistencia.

Metodologia
Em virtude dos altos número de casos de sífilis congênita diagnosticada no município de São Leopoldo nos últimos anos, a gestão municipal de saúde criou um grupo de trabalho para discussão do tema, formado por representantes da Vigilância Epidemiológica, Atenção Básica, Planejamento em Saúde, Hospital Centenário (HC) e Serviços de Assistência Especializada municipal.

Resultados
Ao analisar a idade das mães destes 21 casos notificados com sífilis congênita, identificou-se que 47,6% das mulheres tinham entre 19 e 24 anos. Em relação à realização do pré-natal, percebe-se que 24% das mulheres foram atendidas por uma equipe de Estratégia de Saúde da Família (ESF). Ainda sobre o pré-natal, 71,4% realizaram 6 ou mais consultas. E 47,6% das parcerias sexuais tiveram tratamento iniciado durante o pré-natal.

Análise Crítica
Enquanto para a equipe do HC 81% dos casos tiveram tratamento inadequado durante o pré-natal, para a equipe que fez a avaliação documental este número reduziu para 14,3%. Esta discordância de interpretação do tratamento realizado pela gestante parece ser o ponto principal de atenção. Pois, levando este ponto em consideração, 52% dos casos definidos como sífilis congênita pelo HC, não seriam casos, e consequentemente não precisariam permanecer 10 dias em leito de UTI Neonatal.

Conclusões e/ou Recomendações
Ao analisar o tratamento realizado pela gestante, durante o pré-natal, observa-se uma discrepância de entendimento por parte da equipe do HC e a equipe que avaliou os dados a partir das fichas de notificação de sífilis congênita. Diante disso, percebe-se a necessidade de reforço de orientação quanto aos critérios de definição de casos de sífilis congênita entre profissionais da rede de saúde.