SA3.35 - DESAFIOS DA VIGILANCIA E ATENÇÃO À SÍFILIS (TODOS OS DIAS)
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39667 - PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO E ASSISTENCIAL DAS GESTANTES NOTIFICADAS POR SÍFILIS EM UMA MATERNIDADE DE REFERÊNCIA NACIONAL NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO - RJ, BRASIL CAMILA SOARES RIBEIRO - IESC/UFRJ, MARCELLE DRUMOND PIAZI - IFF/UFRJ, NATÁLIA SANTANA PAIVA - IESC/UFRJ
Apresentação/Introdução A Sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) que pode ser transmitida de forma vertical, causada por uma espiroqueta denominada Treponema Pallidum. Essa bactéria evolui lentamente em três estágios e é caracterizada por lesões na pele e em mucosa. A qualidade da assistência durante a gestação é um importante determinante da redução de transmissão vertical da sífilis
Objetivos Descrever o perfil clínico-epidemiológico e as características da assistência ao pré-natal e/ou parto dos casos de Sífilis em gestante de uma Maternidade referência nacional, Município do Rio de Janeiro, no período de janeiro de 2018 a dezembro de 2019.
Metodologia Estudo transversal, baseado em casos notificados de gestantes com diagnóstico de sífilis, assistidas em uma Maternidade de Referência Nacional do SUS, no município do Rio de Janeiro. As variáveis avaliadas foram: idade, faixa etária, realização do pré-natal, local de residência; escolaridade; raça/cor; idade gestacional no momento da notificação da; classificação clínica da sífilis no momento do diagnóstico; esquema de tratamento da gestante; parceiro com tratamento concomitante à gestante; departamento de origem da gestante na maternidade; departamento de origem da notificação na maternidade; unidade de saúde de realização do pré-natal; internação na Maternidade Referência somente para o parto.
Resultados Foram identificados 125 casos de sífilis em gestante acompanhadas no ambulatório de pré-natal e/ou nas salas de parto e notificadas no período de 2018 a 2019. A idade média das gestantes com sífilis foi de 24,1 (± 6,4) anos, variando entre 13 e 44 anos, sendo em sua maioria, jovens adultas da faixa etária de 20 a 29 anos (56,8%), negras (72,2%) e com ensino médio completo/incompleto (43,2%). Em sua maioria, 80,8% das gestantes com sífilis receberam o esquema de tratamento adequado de acordo com a fase clínica da doença e apenas 45,6% dos parceiros fizeram o tratamento concomitante ao da gestante.
Conclusões/Considerações Os resultados desse estudo demonstraram que são necessários a qualificação profissional e o estímulo à educação continuada, para promover melhorias na assistência à gestante com sífilis e evitar a transmissão vertical e a sífilis congênita.
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