SA3.34 - INOVAÇÕES E BARREIRAS NA ATENÇÃO AO PARTO E PUERPÉRIO (TODOS OS DIAS)
|
44319 - ANÁLISE SOBRE AS POLÍTICAS PÚBLICAS DE ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER E O PARTO NO BRASIL DE 1970 - 2022 CLEUMA SUELI SANTOS SUTO - UNEB, EVANILDA SOUZA DE SANTANA CARVALHO - UEFS, ZANNETY CONCEIÇÃO SILVA DO NASCIMENTO SOUZA - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA (UEFS/BA/BRASIL)
Apresentação/Introdução A atenção à mulher no ciclo gravídico-puerperal é uma das prioridades das políticas públicas de saúde brasileiras e esteve inserida desde 1970. Recentemente, o Ministério da Saúde revogou a política que instituiu a Rede Cegonha, dissolução que surpreendeu e suscitou debates e preocupações para todos/as que defendem o fortalecimento da rede de assistência às mulheres.
Objetivos Discutir os avanços e retrocessos na evolução das políticas que pautam a atenção à mulher no parto no Brasil desde sua implantação ao momento atual.
Metodologia Estudo qualitativo, descritivo, exploratório, do tipo documental, desenvolvido entre maio e junho de 2022, no qual se examinou o conjunto de 12 políticas relacionadas à atenção à saúde da mulher, publicadas no contexto brasileiro no período de 1970 a 2022. O corpus de análise foi constituído por 12 documentos, os quais foram lidos na íntegra e os artigos relacionados ao parto foram extraídos e organizados em texto no Word Office e submetido a análise de conteúdo e análise hierárquica descendente através do Software Iramuteq, versão 0.7 Alfa 2.
Resultados O corpus teve aproveitamento de 77,63 %, sofreu duas partições. Palavras frequentes: “normal”, “centro de parto”, “parteira” e “tradicional” o qual revela a intenção na política de assegurar o parto natural enquanto direito das mulheres; os termos “rural” e “urbano” e "pré-natal” aparecem em destaque demonstrando a necessidade da organização da política de modo a alcançar as demandas diversas. A classe 4 com 26,2% enfoca o cuidado voltado para as mulheres que tiveram abortamento e controle da gestação, mas nesta classe também se visualiza o “acolhimento” e "atenção" “integral” o que demonstra um avanço nas políticas; outra com 24% a qual destaca a puérpera e do recém-nascido de alto risco.
Conclusões/Considerações Enquanto as políticas se complementam revelando avanços e conquistas até o ano de 2021 para a saúde integral das mulheres, a Rede de Atenção Materno-Infantil lançada em 2022, está em oposição às políticas anteriores ao demonstrar o retorno ao enfoque hospitalocêntrico com a medicalização da atenção ao parto. As palavras com maior destaque estão voltadas ao “monitoramento”, à “técnica”, ao “financiamento”, à “estruturação” e à “tecnologia”.
|