Sessão Assíncrona


SA3.33 - PRÉ NATAL E PARTO: ANALISES, EXPERIENCIAS E DESAFIOS (TODOS OS DIAS)

43887 - DESIGUALDADES SOCIAIS E DEMOGRÁFICAS NA TENDÊNCIA DA PREVALÊNCIA DE PREMATURIDADE EM CURITIBA, BRASIL, ENTRE 2000 E 2017.
ÁDELIN OLÍVIA LOPES JOLY RODRIGUES - PUCPR, ARIANNY DE MACEDO BRONDANI - PUCPR, GABRIEL GALVÃO ELBL - UEPG, FELIPE BITTARELLO - UEPG, LORAINE DE FATIMA MENDES - PUCPR, SÉRGIO APARECIDO IGNÁCIO - PUCPR, SAMUEL JORGE MOYSÉS - PUCPR, DEBORAH RIBEIRO CARVALHO - PUCPR, JULIANA SCHAIA ROCHA ORSI - PUCPR, MÁRCIA HELENA BALDANI - UEPG


Apresentação/Introdução
Apesar dos avanços observados com a implementação da Rede Mãe Curitibana e da melhoria dos indicadores materno-infantis, em Curitiba - PR se verifica tendência crescente nascimentos com idade gestacional menor de 37 semanas. O combate às iniquidades em saúde deve ser prioritário em políticas públicas, sendo importante identificar o papel das desigualdades sociais no desfecho de prematuridade.

Objetivos
Esse estudo de séries temporais teve por objetivo analisar fatores associados à prematuridade no município, identificando desigualdades na tendência de nascimentos prematuros registrados no Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (2000 - 2017).

Metodologia
Foram obtidas as variáveis: sexo da criança, idade, escolaridade e estado civil da mãe, idade gestacional no parto, gestação única ou múltipla e número de consultas de pré-natal. Os dados foram analisados com o software SPSS, versão 25.0. Foram obtidas prevalências anuais de prematuridade, total e por categorias das variáveis. As análises utilizaram regressão linear generalizada pelos métodos: a) linear de log de Poisson: razão de prevalência de prematuridade com intervalo de confiança de 95% (p<0,05), bi e multivariada, ajustada pelo ano do nascimento; b) Prais-Winsten: análise de tendência. As variações anuais foram verificadas pela análise do coeficiente de regressão (p<0,05).

Resultados
Um total de 447318 nascidos vivos tinham informação sobre idade gestacional. A prevalência de prematuridade foi de 7,5%, com tendência crescente e variação anual de 2,6% (p<0,001). Maiores prevalências foram verificadas entre os recém-natos do sexo masculino, de mães com mais de 35 anos de idade e que tiveram menos que 6 ou nenhuma consulta de pré-natal. Foram identificadas desigualdades nas tendências. Exceto para as mães que não passaram por consultas de pré-natal, que tiveram prevalência elevada (25,5%) e estável de prematuridade, as categorias das demais variáveis mostraram crescimento, sendo que a variação anual foi maior entre as mães com nenhum até 3 anos de estudo: 6,2% (p<0,001).

Conclusões/Considerações
Houve aumento nos nascimentos prematuros registrados no SINASC e associação com as condições sociodemográficas e o pré-natal. Destaca-se a importância do acesso e a identificação de fatores desfavoráveis no pré-natal, com atenção às gestantes mais vulneráveis.