SA3.33 - PRÉ NATAL E PARTO: ANALISES, EXPERIENCIAS E DESAFIOS (TODOS OS DIAS)
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39315 - SAÚDE DAS MULHERES BRASILEIRAS EM IDADE REPRODUTIVA: UMA ANÁLISE COMPARATIVA DE INDICADORES EM 2013 E 2019 BRUNA NICOLE SOARES DOS SANTOS - UFMG, FERNANDA GONTIJO ARAÚJO - UFMG, FERNANDA PENIDO MATOZINHOS - UFMG, MARIANA SANTOS FELISBINO-MENDES - UFMG
Apresentação/Introdução A saúde das mulheres em idade reprodutiva pode ser avaliada de forma integral, por meio de indicadores de saúde pré-concepcional, utilizando-se inquéritos populacionais já existentes. Isso permite avaliar a saúde das mulheres em âmbito nacional e os avanços e desafios nas políticas públicas.
Objetivos Avaliar indicadores de saúde das mulheres brasileiras em idade reprodutiva, nos anos de 2013 e 2019, por meio da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS).
Metodologia Estudo transversal, com base de dados pública e representativa da população de mulheres brasileiras em idade reprodutiva, por meio da PNS, nos anos de 2013 (n=21.645) e 2019 (n=25.228). Foram estimadas prevalências de indicadores de saúde pré-concepcional (relacionados ao acesso aos serviços de saúde, hábitos de vida, doenças e agravos não transmissíveis, saúde sexual e reprodutiva), com seus respectivos intervalos de 95% de confiança, de acordo com as características sociodemográficas. As diferenças estatísticas foram estimadas com o teste Qui-quadrado de Pearson, considerando o nível de significância de 5%. Utilizou-se o Stata 15.0, módulo survey, para obter estimativas populacionais.
Resultados Houve aumento da prevalência dos seguintes indicadores, com respectivos resultados para 2013 e 2019: acesso a realização de consultas médica e odontológica, realização de exame Papanicolau recente (80,6% e 83,4%), consumo de álcool (33,7% e 39,4%), prática de atividade física (20,3% e 29,3%), obesidade (21,4% e 28,2%), hipertensão (11,7% e 14,0%) e depressão (9,5% e 13,4%). Observou-se manutenção no tabagismo atual (9,7% e 8,4%), uso de contraceptivo (85,6% e 84,1%), asma (5,4% e 6,3%), tratamento de fertilidade (3,3% e 3,6%), diabetes (2,7% e 3,4%) e sobrepeso (31,3% e 30,4%). As prevalências foram ainda piores para mulheres de baixa escolaridade, pretas/pardas e com maior número de filhos.
Conclusões/Considerações Entre uma versão e outra da PNS, foi possível observar, por meio da comparação dos indicadores, aumento do acesso aos serviços de saúde, mas piora das DCNT. Nota-se manutenção na maioria dos indicadores que abordam a saúde reprodutiva, demonstrando que não houve avanços na promoção à saúde dessas mulheres. A desigualdade entre as mulheres reforça a necessidade de melhorias nas ações e serviços de prevenção de agravos e promoção à saúde.
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