SA3.33 - PRÉ NATAL E PARTO: ANALISES, EXPERIENCIAS E DESAFIOS (TODOS OS DIAS)
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39056 - FATORES ASSOCIADOS AO NÃO USO DE CONTRACEPTIVOS POR MULHERES RURAIS RIBEIRINHAS ATENDIDAS POR UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE FLUVIAL NA AMAZÔNIA ANNY BEATRIZ COSTA ANTONY DE ANDRADE - ILMD - FIOCRUZ AMAZÔNIA, FERNANDO JOSÉ HERKRATH - ILMD - FIOCRUZ AMAZÔNIA / UEA, LUIZA GARNELO - ILMD - FIOCRUZ AMAZÔNIA
Apresentação/Introdução O uso de contraceptivos pode ser dificultado ou interrompida, considerando os fatores socioeconômicos e relacionados às barreiras de acesso à utilização. Investigações relacionadas aos serviços de saúde em comunidades rurais assistidas por Unidade Básica de Saúde Fluvial (UBSF) são escassas e demandam conhecimento sobre a potencial capacidade para reduzir as barreiras de acesso.
Objetivos Identificar os fatores associados ao não uso de métodos contraceptivos por mulheres residentes em localidades rurais ribeirinhas do Rio Negro, Manaus, Amazonas atendidas por UBSF.
Metodologia Inquérito transversal de base domiciliar, envolvendo 196 mulheres residentes no território de abrangência de uma UBSF, selecionadas através de amostragem aleatória. Dados sociodemográficos, de acesso ao serviço de saúde e uso de contraceptivos foram coletados através de questionário na plataforma REDCap. Foram descritos os principais métodos utilizados e motivos para não uso, bem como avaliados os efeitos das variáveis independentes sobre o uso de contraceptivos por meio de regressão de Poisson, estimando as razões de prevalência (RP) e intervalos de confiança a 95% (IC95%). Variáveis com p<0,10 foram mantidas no modelo final e adotou-se um nível de significância de 5%.
Resultados Cerca de 119 (60,7%) mulheres referiram ter utilizado algum método nos 12 meses antecedentes à pesquisa, com maior uso de contraceptivos injetáveis (33,2%), laqueadura (23,5%) e preservativo masculino (16,3%). O não uso de contraceptivos teve maior prevalência entre mulheres com mais idade (RP=0,977; IC95%=0,961-0,991), que consideravam o serviço de saúde de difícil acesso (RP=0,691; IC95%=0,493-0,969) e com uma autopercepção de saúde ruim (RP=0,806; IC95%=0,686-0,945).
Conclusões/Considerações A UBSF amplia o acesso a contraceptivos, com predomínio de injetáveis, compatível com o regime de itinerância mensal de atendimento. Idade, dificuldade de acesso e pior percepção de saúde contribuíram para o não uso de contraceptivos. Maior tempo de atendimento da UBSF em cada localidade e a busca ativa da população podem contribuir com a promoção da saúde sexual e reprodutiva.
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