SA3.32 - CUIDADO EM SAÚDE MENTAL E A ARTICULAÇÃO DA RAPS (TODOS OS DIAS)
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43127 - IMPLEMENTAÇÃO DE DISPOSITIVOS DE INTEGRAÇÃO DE REDE: ORIGEM DE ENCAMINHAMENTO PARA UM CAPS AD II ROSÂNGELA SANTOS OLIVEIRA - UNICAMP, ROSANA TERESA ONOCKO-CAMPOS - UNICAMP, CARLOS ALBERTO DOS SANTOS TREICHEL - UNICAMP, RODRIGO FERNANDO PRESSOTTO - UNICAMP, MICHELLE CHANCHETTI SILVA - UNICAMP, MARIA FERNANDA LIRANI - UNICAMP, SULAMITA GONZAGA SILVA AMORIM - UNICAMP, LÍVIA PENTEADO PINHEIRO - UNICAMP, KALEB ELIEL FERREIRA LEME - UNICAMP, BRUNO FERRARI EMERICH - UNICAMP
Apresentação/Introdução As pesquisas de implementação são apontadas na literatura internacional como viabilizadoras de políticas e programas de saúde pública, quando se trata das políticas de saúde mental, observa-se uma heterogeneidade no Brasil. Os CAPSad são serviços recentes na Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), sendo importante a qualificação da assistência ofertada para consolidação da Reforma Psiquiátrica.
Objetivos Este estudo visa analisar a origem de encaminhamento dos usuários atendidos em um CAPSad do tipo II em uma cidade de médio-porte.
Metodologia Este trabalho corresponde à etapa de pré-implementação de uma pesquisa de implementação de dispositivos de integração de rede iniciada em agosto de 2019. Em sua etapa inicial foi realizado o diagnóstico situacional do funcionamento da RAPS, sendo o CAPSad um dos serviços participantes deste levantamento.
Trata-se de um estudo transversal, no qual a coleta de dados foi realizada a partir do levantamento de informações de 403 prontuários com ao menos 1 atendimento em Saúde Mental no último ano e questionários do tipo Survey junto a 116 usuários. A análise dos dados foi realizada por meio do pacote estatístico Stata 11.
Resultados Dentre os dados levantados para caracterização da demanda que o CAPSad atende no município, constatou-se que quanto a origem do encaminhamento dos usuários atendidos no momento do diagnóstico da rede de saúde mental: 50,4% chegaram ao serviço através de demanda espontânea; 24,5% por serviços privados (Comunidades Terapêuticas); 12,0% pela Atenção Básica; 8,9% por outro serviço especializado e 3,9% através de serviços hospitalar e emergencial. Sendo assim, observa-se que metade dos usuários chegaram sem referenciamento de algum ponto da RAPS, havendo uma discreta participação da Atenção Básica no encaminhamento para o CAPSad em contraste com a alta participação das Comunidades Terapêuticas (C.T).
Conclusões/Considerações Pode-se indicar que os usuários tendem a procurar pouco a Atenção Básica quando se refere a questões de álcool e outras drogas, buscando o serviço especializado de forma espontânea. Além disso, quanto à alta participação das C.T nos encaminhamentos, aponta a importância da reorientação de fluxos e concepções para que o CAPSad, de fato, atue como coordenador do cuidado às pessoas em uso problemático de álcool e outras drogas na RAPS.
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