SA3.32 - CUIDADO EM SAÚDE MENTAL E A ARTICULAÇÃO DA RAPS (TODOS OS DIAS)
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42662 - CUSTOS DIRETOS E INDIRETOS ATRIBUÍDOS AO CONSUMO DE ÁLCOOL NO BRASIL, 2010 A 2018 MARIANA GONÇALVES DE FREITAS - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA, SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO MINISTÉRIO DA SAÚDE., EVERTON NUNES DA SILVA - FACULDADE DE CEILÂNDIA, UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
Apresentação/Introdução O consumo de álcool é o principal fator de risco para incapacidades e mortes na população mundial de 15 a 49 anos e gera alto impacto econômico nos sistemas de saúde e previdenciário. Em 2016, 3 milhões de mortes e 131,4 milhões de DALYs foram atribuíveis ao álcool no mundo. No Brasil, o consumo de álcool por habitante foi 7,8 litros em 2016; e a prevalência de consumo abusivo foi 17,1%, em 2019.
Objetivos Estimar os custos atribuíveis ao álcool na população brasileira de 18 anos e mais, no período de 2010 a 2018.
Metodologia Estudo de custo baseado na prevalência, de abordagem top-down e retrospectivo, incluindo custos diretos (hospitalares e ambulatoriais) e indiretos (absenteísmo) relacionados ao consumo de álcool. A prevalência foi calculada por sexo e nível de consumo, a partir da PNS 2019. Os dados de risco relativo por doença/agravo e nível de consumo foram obtidos a partir de um estudo do GBD. Os dados de custos são provenientes do SIH-SUS, SIA-SUS e da previdência social. Foi calculado o Risco Atribuível Populacional para estimar a fração atribuível ao consumo de álcool. Os custos foram corrigidos pela inflação do período, convertidos a paridade do poder de compra e apresentados em dólar internacional.
Resultados Os dados de prevalência revelam que 73,6% da população brasileira informou não consumir bebidas alcoólicas, sendo 62,9% em homens e 83,0% em mulheres. Os menores valores para o RAP foram encontrados na faixa de consumo de 60 gramas por dia. Embora a categoria de consumo de 12 gramas por dia seja a menor em termos de quantidade de álcool consumida, ela corresponde uma das principais em termos de RAP, tendo em vista a maior prevalência de consumo. O custo total atribuível ao álcool entre 2010 e 2018 foi de Int$ 1.487.417.115,43, sendo Int$ 737.834.696,89 com gastos hospitalares, Int$ 416.052.029,75 com atendimentos ambulatoriais e Int$ 333.530.388,79 com absenteísmo no trabalho.
Conclusões/Considerações Foram desenvolvidos poucos estudos abrangentes de custos relacionados ao álcool, o que sugere uma lacuna de conhecimento no Brasil e no mundo e aponta a necessidade de mais pesquisas nessa área. Compreender o impacto econômico decorrente do consumo de álcool é imprescindível para ajudar a dimensionar esse problema de saúde pública em todas as suas vertentes e fomentar a implementação de políticas públicas.
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