SA3.32 - CUIDADO EM SAÚDE MENTAL E A ARTICULAÇÃO DA RAPS (TODOS OS DIAS)
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41527 - A COMBINAÇÃO DE INATIVIDADE FÍSICA E DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS COM O TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR NA POPULAÇÃO DE ADULTOS E IDOSOS BRASILEIROS DANIELE SOUSA PORTELA - UFBA-IMS/CAT, DAIANE PORTO NERY - UFBA-IMS/CAT, ELBA MÁRCIA DE MORAES SANTOS - UFBA-IMS/CAT, RENATA DA SILVA GOMES - UFBA-IMS/CAT, VANESSA MORAES BEZERRA - UFBA-IMS/CAT
Apresentação/Introdução A depressão se constitui como uma das principais causas de incapacidades na população mundial, podendo ser desencadeada por aspectos multicausais. Os contextos atuais de vida podem dificultar a adoção de práticas saudáveis, contribuindo com o aumento da inatividade física (IF) e da prevalência de Doenças Crônicas Não transmissíveis (DCNT), podendo estar relacionados com sintomas depressivos.
Objetivos Investigar possíveis associações da combinação de inatividade física e doença crônica não transmissível com o transtorno depressivo maior (TDM) na população adulta e idosa brasileira (≥ 18 anos de idade).
Metodologia Estudo transversal com dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019. O TDM foi avaliado a partir da escala Patient Health Questionnaire-9 (PHQ-9) com pontuação ≥10 para sintomas depressivos. A DCNT foi categorizada a partir do diagnóstico médico de ao menos uma doença crônica. O tempo <150 minutos semanais em atividades físicas de lazer, deslocamento, domésticas e no trabalho classificou a IF. As variáveis explicativas foram a IF e a DCNT distribuídas em conjuntos: ativos sem DCNT; ativos com DCNT; inativos sem DCNT; e inativos com DCNT. Empregou-se regressão de Poisson em modelos diferentes de ajustes por variáveis sociodemográficas, de estilo de vida e de saúde, adotando p-valor ≤ 0,05.
Resultados A prevalência de TDM na população brasileira estudada foi de 10,8% (IC95%:10,4-11,2). Uma maior prevalência de TDM foi observada entre inativos com DCNT (P:17,8%; IC95%:16,8-19,0), seguido de indivíduos ativos com DCNT (P:13,4%; IC95%:12,5-14,3), inativos sem DCNT (P:8,1%; IC95%:7,3-8,9) e a menor prevalência para ativos sem DCNT (P:7,4%; IC95%:6.8-8.0). Associações positivas com o TDM em análises ajustadas foram percebidas para a combinação de IF e DCNT (RP:2,15; IC95%:1,94-2,40) e para indivíduos ativos com DCNT (RP:1,64; IC95%:1,47-1,82) em comparação com os ativos sem DCNT.
Conclusões/Considerações Indivíduos com DCNT, tanto ativos, quanto inativos apresentaram associação com o TDM, com uma maior associação para a combinação de IF e DCNT. Ações para a prevenção de DCNT devem ser promovidas, bem como o estímulo a mudança de fatores de risco, para uma melhor qualidade de vida e diminuição de sintomas depressivos na população.
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