SA3.32 - CUIDADO EM SAÚDE MENTAL E A ARTICULAÇÃO DA RAPS (TODOS OS DIAS)
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39457 - O IMPACTO DA PANDEMIA NA SAÚDE MENTAL DOS JOVENS: UMA PERCEPÇÃO A PARTIR DE POLÍTICAS E PROGRAMAS DE PREVENÇÃO AO SUICÍDIO NO BRASIL. JÚLIA OLIVEIRA SOUZA - UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA (UNB)
Apresentação/Introdução As políticas de prevenção ao suicídio são ainda mais invisibilizadas, pois, o estigma não permite aberturas para se discutir saúde mental. Concomitantemente, o suicídio é a segunda maior causa de morte em crianças e adolescentes de 15 a 24 anos (OMS, 2016). O contexto da pandemia implica situações estressantes que demandam o emocional e reflete na instituição de ensino onde se encontra esse grupo.
Objetivos Identificar os serviços, programas, ações e políticas voltadas para a prevenção de suicídio nas instituições de ensino. Reconhecer os fatores de risco e proteção no âmbito escolar e a necessidade de profissionais específicos nas escolas.
Metodologia Abordagem em pesquisa documental de leis, portarias, diretrizes e decretos, no âmbito das políticas e programas de prevenção ao suicídio, instituições de ensino e juventude no Brasil. Também, com análise de dados, revisões de literatura, pesquisas e embasamentos teóricos existentes sobre o tema em uma perspectiva qualitativa. Por fim, uma metodologia de análise de cartas de pessoas que consumaram o suicídio encontradas em artigos e que citam enfâse nas instituições de ensino e documentos em que contém o funcionamento das escolas com os conflitos de crianças e adolescentes. Outros documentos analisados partem de políticas formalmente no âmbito judiciário/ legislativo.
Resultados A saúde mental é diariamente negligenciada pelo Estado. E assim, por não prioridade dos governos, as políticas não são devidamente implementadas. É notório que as instituições de ensino são os ambientes em que os jovens passam grande parte do tempo de suas rotinas, o que implica em uma maior possibilidade de reconhecimento do sofrimento e intervenção. As situações impostas pela fase da adolescência na modernidade e inseridas na sociedade capitalista, são refletidas nas dificuldades em lidar com as demandas sociais e contextuais, esses fatores desencadeiam o sofrimento. O contexto da pandemia implica situações estressantes, como inseguranças e frustrações que refletem no emocional.
Conclusões/Considerações Reconhecendo o suicídio como um tema emergente e de saúde pública as instituições de ensino podem ser espaço favorável para o reconhecimento do sofrimento psíquico e efetuando uma intervenção eficaz. Entende-se que o isolamento em casa aumenta a vulnerabilidade sobre violência. Contudo, é preciso acompanhar as políticas de enfrentamento à violência dos serviços de saúde, sabendo que essas ocorrências também são fatores para o sofrimento psíquico.
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