Sessão Assíncrona


SA3.31 - TRANSTORNOS MENTAIS E OS DESAFIOS PARA O CUIDADO (TODOS OS DIAS)

43705 - ATENÇÃO À SAÚDE MENTAL INFANTIL: IMPLICAÇÕES NO CONTEXTO DA APS
BRENNA CRISÓSTOMO RIOS FERREIRA - UNIVASF, JECICA DOS SANTOS XAVIER - UNIVASF, VALÉRIA MARIA DA SILVA SOUZA - UNIVASF, AMANDA LARISSA SOUZA DOS SANTOS - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE JUAZEIRO/BA


Período de Realização
De março a maio de 2022 em uma Unidade Saúde da Família (USF) em Juazeiro, Bahia.

Objeto da experiência
Percepções observadas acerca do atendimento psicológico infantil no contexto da Atenção Primária em Saúde.

Objetivos
Avaliar de que modo o espaço da USF influencia na atenção à saúde mental da criança a partir da identificação dos principais entraves ao atendimento psicológico infantil.

Metodologia
Trata-se de um estudo descritivo e qualitativo na modalidade de relato de experiência, fundamentado nas experiências vivenciadas durante o início do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família. Os atendimentos psicológicos foram realizados em uma USF, situada na zona urbana do município de Juazeiro-BA, composta por duas equipes de saúde da família e uma equipe de atenção primária.

Resultados
A maioria da demanda se refere a crianças menores de cinco anos, tendo como principal queixa, a ansiedade. A primeira sessão era realizada com os pais ou figura responsável a fim de identificar a demanda e aplicar a anamnese para investigar os períodos de gestação, parto, amamentação, bem como questões psicossociais. Em seguida, eram realizados três encontros com a criança, promovendo um espaço de elaboração a partir de brinquedos e desenhos. Após isso, era marcado um novo encontro com os pais.

Análise Crítica
O desafio da atenção à saúde mental infantil na Atenção Primária em Saúde (APS) se deu, primeiramente, pelo espaço físico, devido à presença de instrumentos de trabalho de médicos e enfermeiros. Posto isso, esses instrumentos facilitam a ocorrência de acidentes e não se adequam a um espaço acolhedor à criança. Ademais, a dificuldade de acesso a brinquedos para o processo de trabalho impossibilitou que os atendimentos fossem iniciados rápida e efetivamente, o que atrasou o acompanhamento.

Conclusões e/ou Recomendações
Entende-se que o papel do psicólogo na APS deve se voltar também a grupos vulneráveis, como as crianças. O fato de esse nível de atenção se aproximar de escolas, famílias e outros atores sociais importantes à vida da criança torna a APS um elemento significativo para serviços de saúde mental infantil. Posto isso, é imprescindível identificar os entraves e potencializadores da USF para a oferta de atendimentos psicológicos efetivos a esse público.