SA3.31 - TRANSTORNOS MENTAIS E OS DESAFIOS PARA O CUIDADO (TODOS OS DIAS)
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38365 - ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE COMO PORTA DE ENTRADA DA RAPS: UTOPIA OU REALIDADE? LUCIANE CRISTINA FELTRIN DE OLIVEIRA - UEFS, STEFANY COSTA SILVA - UEFS
Apresentação/Introdução Desde 1970, modificações ocorreram no âmbito da saúde mental no SUS com a insurgência de mobilizações sociais e políticas que apontavam críticas ao modelo vigente. E assim, um novo modelo integral, multiprofissional e coordenado pela Atenção Primária à Saúde foi proposto, entretanto, existem desafios para a APS atuar como porta de entrada à Rede de Atenção Psicossocial.
Objetivos Analisar a produção científica brasileira sobre o papel da Atenção Primária à Saúde no acesso dos usuários do SUS à Atenção Psicossocial nos Municípios brasileiros, no período de 2010 a 2020
Metodologia Trata-se de uma Revisão Integrativa, com as seguintes etapas: formulação da questão – “Como tem sido a atuação da Atenção Primária à Saúde no papel de porta de entrada à RAPS nos municípios brasileiros? Os critérios de inclusão foram produções científicas (PC) publicadas no período de 2010 a 2020; Coleta de dados realizada entre março e julho de 2021 nas bases de dados Scopus, Pubmed, Scielo e Web of Science. Os Descritores em Ciência da Saúde (DECS) utilizados foram “Acessibilidade aos Serviços de Saúde”, “Atenção Primária à Saúde”, e “Centros de Atenção Psicossocial”. Os dados foram analisados por meio de um quadro que organizou as PC por objetivos, tipo de estudo, resultados e conclusão.
Resultados Após o cruzamento dos descritores foram encontradas 112 PC, destas 98 foram excluídas após a leitura do título e resumo. Assim, a análise foi realizada em 14 PC. A literatura aponta para evidências de que a Atenção Primária à Saúde (APS) exerce um papel de articulação necessário para o acesso dos usuários do SUS à atenção psicossocial e aos CAPS, no entanto, enfrenta dificuldades substanciais como falta de capacitação profissional das equipes da APS, ações excessivamente voltadas para tecnologias duras como uso de medicamentos e outros procedimentos pautadas no modelo biomédico, ausência de apoio matricial das equipes de NASF e escassez de investimentos do governo federal nesses dispositivos.
Conclusões/Considerações Apesar da reorientação do modelo de atenção à saúde mental com foco na Atenção Primária à Saúde como porta de entrada, este nível de atenção ainda não consegue ser resolutivo nas demandas dos usuários, muito menos, atuar como porta de entrada à RAPS. Importante destacar que a produção científica na área estudada foi muito rarefeita no período pandêmico analisado (ano de 2020), alertando para a necessidade de novas pesquisas sobre a temática
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