Sessão Assíncrona


SA3.30 - POLÍTICAS DE SAÚDE BUCAL NO SUS (TODOS OS DIAS)

43744 - ATENDENDO CRIANÇAS: UMA EXPERIÊNCIA DE ACOLHIMENTO E APROXIMAÇÃO NO CONSULTÓRIO ODONTOLÓGICO EM UMA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
LÍVIA FREIRE VASCONCELOS FARIAS - UNP


Período de Realização
O projeto existe desde 2017 até os dias atuais.

Objeto da experiência
Pacientes odontopediátricos de uma Estratégia de Saúde da Família.

Objetivos
Relatar a experiência de um cuidado para além do tratamento da doença, humanizado, através de uma melhor ambiência e acolhimento, da criação e fortalecimento das relações, da desconstrução de tensões iniciais, minimização de medos e estímulo a cooperação e finalização do tratamento odontológico

Metodologia
Trata-se de uma estratégia de acolhimento para lidar com o universo infantil, cujo foco é o uso de tecnologias leves. Foi produzido um espaço decorado, com brinquedos e materiais educativos que as crianças utilizam enquanto aguardam atendimento, bem como um sistema de empréstimo em que o paciente que colabora com o atendimento pode escolher e levar para casa qualquer recurso presente nas bancadas. O objeto escolhido é devolvido ou trocado no retorno ao consultório até a conclusão do tratamento.

Resultados
Quanto mais relevante o aspecto humano nas relações, mais positivo torna-se o tratamento e a satisfação do usuário. O estabelecimento das relações de afeto é ferramenta de alta eficiência no que se refere ao estímulo, cooperação, finalização do tratamento e corresponsabilização na manutenção da saúde; o carinho recíproco é capaz de desconstruir medos. O projeto tem facilitado o atendimento das crianças, que já saem do consultório pensando no dia que vão voltar para poder trocar de brinquedo.

Análise Crítica
Ainda é comum a atuação de profissionais que pautam suas práticas no modelo biomédico de saúde e na [re]produção de atos. As relações humanas são superficiais e pragmáticas, desconsiderando as dimensões emocionais e sociais que também determinam sentido e qualidade a nossa existência, portanto, de interferência direta no processo saúde-doença. Realidade encontrada nos vários níveis de atenção à saúde e nos mais distintos universos, inclusive o infantil - foco desse projeto.

Conclusões e/ou Recomendações
O paciente deve ser o centro das ações de saúde e o sistema de saúde deve ser desenhado para atender as necessidades dos usuários que são permeados por subjetividades. Um atendimento de qualidade nem sempre demanda avanços tecnológicos ou alta complexidade, mas posturas sensíveis, solidárias e éticas. Ações consideradas modestas podem ter grande potencial provocador de mudanças na qualidade do trabalho e, principalmente, na vida das pessoas.