SA3.30 - POLÍTICAS DE SAÚDE BUCAL NO SUS (TODOS OS DIAS)
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42422 - TRAJETÓRIAS DE VIDA E OS PERFIS DE ACESSO E DE USO DOS SERVIÇOS ODONTOLÓGICOS: UMA ANÁLISE LONGITUDINAL ADRIANO DE AGUIAR FILGUEIRA - UFC E UNIFOR, LUIZA MARIA DIAS FIRMEZA - UFC, RAUL ANDERSON DOMINGUES ALVES DA SILVA - UFC E UNICHRISTUS, CAROLINA DE HOLANDA AZEVEDO - UFC - CAMPUS SOBRAL, CAIO LEVY VERAS RODRIGUES - UFC, JORGE LUIZ MOREIRA FREIRE JUNIOR - UFC, JÚLIA LUIZA AZEVEDO BARBOSA - UFC, WALYSON ARAÚJO RODRIGUES - UFC - CAMPUS SOBRAL, ANA KARINE MACEDO TEIXEIRA - UFC
Apresentação/Introdução Lacunas importantes ainda existem em relação ao acesso e ao uso dos serviços odontológicos, em especial quando se analisa as trajetórias de vida. Estudos longitudinais que envolvem a saúde bucal são raros, mas são importantes para uma melhor compreensão de como o curso da vida pode afetar no acesso e no uso dos serviços odontológicos e, consequentemente, nas condições de saúde bucal.
Objetivos Este estudo objetiva compreender de que forma as trajetórias de vida afetam o acesso e o uso dos serviços odontológicos ao longo do tempo.
Metodologia Trata-se de uma coorte de saúde bucal iniciado no ano de 2000 no município de Sobral, Ceará. Atualmente a pesquisa conta com três ondas, sendo a última realizada em 2012 com os participantes do estudo na faixa etária de 17 a 21 anos. A coleta de dados consistiu numa entrevista com base em um roteiro estruturado e de um exame da cavidade oral. Para este estudo, utilizou-se os dados das três ondas para construir perfis de acesso e de uso dos serviços odontológicos (variáveis dependentes) e trajetórias socioeconômicas e de condições de saúde bucal (variáveis independentes). Realizou-se teste t, qui-quadrado ou Fisher para a análise estatística, considerando nível de significância de 95%.
Resultados Manter um nível educacional sempre ruim (RR=1,40; p=0,015) ou melhorar a escolaridade (RR=1,68; p<0,001); aumentar a renda (RR=1,27; p=0,030), reduzir renda (RR=1,32; p=0,004) ou sempre ter baixa renda familiar (RR=1,39; p=0,002); e não ter dentes perdidos ao longo da vida (RR=1,24; p=0,045) apresentaram-se como fatores de risco para o acesso tardio dos serviços odontológicos. Os fatores de risco para o uso não frequente dos serviços de saúde bucal foram: melhorar o nível de escolaridade (RR=1,62; p=0,006) ou manter-se ruim (R=1,37; p=0,035), piorar a renda (RR=1,34 e p=0,012) ou ter sempre baixa renda (RR=1,31; p=0,023) e não ter dentes perdidos ao longo da vida (RR=1,29; p=0,004).
Conclusões/Considerações O acesso e o uso dos serviços odontológicos sofrem influência de fatores socioeconômicos relacionados à infância e que, mesmo melhorando as condições de escolaridade e renda ao longo da vida, o acesso e uso dos serviços de saúde bucal seguem como insatisfatórios. A não perda de dentes também apresentou relação com o acesso tardio e uso não frequente, o que se leva a acreditar que o modelo de saúde bucal ainda se manifesta mais mutilador.
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