SA3.29 - SAÚDE BUCAL: INQUÉRITOS E REDES (TODOS OS DIAS)
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40078 - DESCRIÇÃO DAS CONDIÇÕES DE SAÚDE BUCAL EM UMA POPULAÇÃO RURAL AO SUL DO BRASIL RAFAELA DO CARMO BORGES - UFPEL, GABRIELLE HAUBERT - IMED, SARAH ARANGUREM KARAM - UFPEL, MARIANA SILVEIRA ECHEVERRIA - UFPEL, MARIANA GONZALEZ CADEMARTORI - UFPEL, BERNARDO ANTONIO AGOSTINI - IMED, FLAVIO FERNANDO DEMARCO - UFPEL
Apresentação/Introdução As desigualdades no uso de serviço odontológico têm sido relacionadas à área de residência dos indivíduos, sendo a zona rural mais prevalente em problemas bucais do que a zona urbana (AHN et al., 2011; ADULT et al., 2004; CERICATO et al., 2021). Sexo, escolaridade e renda são frequentemente associados à dificuldade de acesso aos serviços na área rural (Schroeder, 2018; AHN et al., 2011).
Objetivos Descrever as condições de saúde bucal e de uso de serviço odontológico e variáveis socioeconômicas da população rural de Pelotas – RS e estratificar as informações por faixa etária.
Metodologia Estudo transversal realizado na área rural de Pelotas (RS). O processo de amostragem, em conglomerados, ocorreu em dois estágios: primeiramente, foram listados os 50 setores e desses, 24 foram selecionados de forma sistemática. Após, os domicílios presentes nesses setores foram listados e sorteados sistematicamente. Definiu-se que 30 casas seriam visitadas em cada setor censitário sorteado, considerando dois adultos por domicílio em média. Entrevistadores treinados realizaram a coleta de dados através de um questionário registrado em tablets. O instrumento possuía perguntas sobre hábitos de saúde, uso de serviços, saúde geral e saúde bucal.
Resultados A amostra foi composta por 1.519 indivíduos com discreta maioria masculina (51,6%), entre 40 e 59 anos (40,4%), e que não estudou ou tinha o ensino fundamental incompleto (73,5%). Mais da metade usavam prótese dentária (55,6%) e quanto às consultas odontológicas, a maioria havia consultado há menos de um ano (46,9%), por motivo curativo (62,1%) e em local privado (60,4%). Na estratificação por idade, o uso de prótese foi observado entre a maioria dos grupos mais velhos, sendo este uso em 65,5% na faixa etária de 40 a 59 anos e de 86,1% entre idosos com 60 anos ou mais. Além disso, o grupo mais jovem (18 a 24 anos) consultou mais recentemente comparando com as outras faixas de idade.
Conclusões/Considerações As faixas de idade mais jovens apresentaram melhores condições de saúde bucal quando comparados aos grupos mais velhos. Quanto mais jovem o indivíduo, menor o uso de prótese dentária e menor o tempo da última consulta odontológica. O motivo curativo apresentou maior proporção de indivíduos em todas as faixas de idade do que o preventivo, e essa diferença de proporção entre os dois motivos aumenta conforme a idade também aumenta.
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