Sessão Assíncrona


SA3.29 - SAÚDE BUCAL: INQUÉRITOS E REDES (TODOS OS DIAS)

38774 - RETRATO DO ACESSO À SAÚDE BUCAL NA AMAZÔNIA: PERCEPÇÃO DOS COORDENADORES MUNICIPAIS DE SAÚDE BUCAL.
RICARDO ELIAS DUARTE RABELLO - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO AMAZONAS - UEA, ÂNGELA XAVIER MONTEIRO - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO AMAZONAS - UEA, RODRIGO TOBIAS DE SOUSA LIMA - FIOCRUZ AMAZÔNIA, SÔNIA MARIA LEMOS - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO AMAZONAS - UEA, ELIZABETH TEIXEIRA - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO AMAZONAS - UEA, EDUARDO JORGE SANT'ANA HONORATO - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO AMAZONAS - UEA, ISABELLA OLIVEIRA SANTOS - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO AMAZONAS - UEA


Apresentação/Introdução
A região amazônica, por apresentar diversas singularidades, características de sua população, assim como especificidades geográficas, devido aos rios, florestas e extensão territorial, faz com que a discussão sobre acesso à saúde seja mais complexa e necessária nesse território. No caso do acesso à saúde bucal, essa é ainda mais relevante, devido essas singularidades e as iniquidades persistentes.

Objetivos
Conhecer a percepção dos coordenadores municipais de saúde bucal sobre o acesso à Saúde Bucal pela população dos seus municípios no Amazonas.

Metodologia
Foi conduzido uma pesquisa qualitativa, com 59 coordenadores municipais de saúde bucal do Amazonas. As entrevistas ocorreram em junho/2021 e foram realizadas de forma virtual, onde foi solicitado ao participante a gravação das respostas para posterior transcrição. Foram realizadas 02 perguntas: Em sua opinião, como está a qualidade do acesso à Saúde Bucal na APS do seu município? Em sua opinião, como coordenador, o que você poderia fazer para melhorar o acesso à Saúde Bucal pela população do seu município? Para analisar, utilizou-se a análise de conteúdo de Bardin, na modalidade temática. As entrevistas tiveram seu conteúdo agrupado em categorias e foram analisadas com base na literatura.

Resultados
Das entrevistas qualitativas emergiram as seguintes categorias de análise: 1) Influência da pandemia no acesso à Saúde Bucal na APS; 2) Influência da qualidade da estrutura de trabalho no acesso à Saúde Bucal na APS; 3) O impacto do trabalho das equipes na qualidade do acesso; 4) A importância da cobertura das equipes de Saúde Bucal na garantia do Acesso; 5) Os impactos das formas de acesso na qualidade do Acesso. A pesquisa mostrou que a pandemia reduziu o acesso à saúde bucal e que persistem barreiras a serem superadas no acesso, como a carência de infraestrutura das unidades, a forma do acolhimento aos usuários, a necessidade de qualificação profissional e a baixa cobertura das equipes.

Conclusões/Considerações
Observou-se que persistem as iniquidades no acesso à saúde bucal, o que alerta para a necessidade de mudanças nos planejamentos e no processo de trabalho, pois mesmo com a expansão e o aumento do número de equipes de saúde bucal, esse não se refletiu, na mesma proporção, no aumento e na qualidade do acesso, principalmente aos que mais dela necessitam, tendo a educação permanente uma ferramenta fundamental para essa qualificação dos profissionais.