Sessão Assíncrona


SA3.27 - REDES DE CUIDADOS, CONTINUIDADE E INTEGRALIDADE (TODOS OS DIAS)

41502 - A PLANIFICAÇÃO COMO INSTRUMENTO DE REORGANIZAÇÃO DO CUIDADO AO RECÉM-NASCIDO PREMATURO APÓS ALTA HOSPITALAR
LEILA SILVA MEIRA - UESB, DANIELLE SOUTO DE MEDEIROS - UFBA


Apresentação/Introdução
O Brasil manteve elevadas taxas de mortalidade infantil na qual, parte dos óbitos foram relacionados ao período neonatal e à prematuridade. O nascimento, antes da 37ª semana de gestação, é condição de risco para complicações pós-natais e sérias sequelas. Faz-se necessário políticas que garantam a continuidade do cuidado pós natal, articulado, integral nos diversos níveis de atenção à saúde

Objetivos
Caracterizar as principais morbidades de prematuros de Unidades de Terapia Intensiva Neonatal em um município do interior da Bahia. Discutir a planificação como ferramenta de reorganização do cuidado aos prematuros após alta hospitalar.

Metodologia
Trata-se de um estudo com abordagem quantitativa e qualitativa. No componente quantitativo realizou-se a apresentação descritiva das principais morbidades apresentadas em prematuros que tiveram alta hospitalar de hospitais pertencentes à coorte Nascer Prematuro, entre os anos de 2016 e 2017, em um município do interior da Bahia. No que se refere ao componente qualitativo discute-se sobre a importância do planejamento como instrumento da gestão do cuidado ofertada ao recém-nascido prematuro no âmbito do SUS

Resultados
Nos anos analisados, foram um total de 291 recém nascidos prematuros que receberam alta hospitalar. Destes 38,8% foram classificados como prematuridade tardia, 29,5% prematuridade moderada, 27% muito prematuro e 4,8% prematuridade extrema. Dos RN analisados mais de 70% apresentaram pelo menos uma morbidade durante a internação. Entre as principais morbidades estão a Sepse precoce com 60,5%, seguido da Sepse tardia 31,6% e da Icterícia neonatal 24,7%. A partir dos resultados obtidos foi elaborado um plano de cuidados para o acompanhamento do recém nascido após alta hospitalar com o propósito de promover a longitudinalidade do cuidado integral ao recém-nascido prematuro na rede de atenção

Conclusões/Considerações
Recém-nascidos prematuros são vulneráveis a desenvolver morbidades e exigem que os serviços articulem ações de baixa, média e alta densidades tecnológicas para acolhê-los, bem como a utilizarem intervenções assistenciais que respeitem as suas singularidades. Assim, torna-se necessário a consolidação de uma rede de serviços que operem de maneira longitudinal, intersetorial e sustentável na qual, a atenção primária seja a ordenadora deste cuidado.