Sessão Assíncrona


SA3.26 - REDES DE ATENÇÃO: REGULAÇÃO E ARRANJOS DE CUIDADO (TODOS OS DIAS)

43856 - REGULAÇÃO PRODUTORA DE CUIDADO: ARRANJOS TECNOLÓGICOS DE PRODUÇÃO DE REDE NO SUS E ANÁLISES DE DESIGUALDADES NO ACESSO AOS SERVIÇOS
MARILIA LOUVISON - FSP USP, ANA LIGIA PASSOS MEIRA - FSP USP, ELAINE CRISTINA TORRES OLIVEIRA - FSP USP E UNCISAL, GIULIA MUNIZ DE OLIVEIRA - FSP USP, LETICIA GABRIELA DA SILVA - FSP USP, MARIA DO CARMO G WIIK - FSP USP, MARIANA PRADO FERREIRA - FSP USP, VITOR O CHIAVEGATO - FSP USP


Apresentação/Introdução
A regulação em saúde é uma função da gestão do SUS que produz uma direcionalidade publica na redução de desigualdades e garantia de um cuidado integral e equânime, nas redes de atenção à saúde, a partir da atenção primaria em saúde. Vem sendo produzida por meio de instrumentos regulamentadores, de mediação e fiscalização que nem sempre se produzem como dispositivos de produção de cuidado em rede.

Objetivos
Analisar as desigualdades de acesso no uso dos serviços de saúde e a implementação da política nacional de regulação na produção de cuidado integral às redes de atenção.

Metodologia
Por meio de estudos de casos mistos temos analisado inquéritos e dados secundários com o foco das desigualdades no acesso e pesquisas cartográficas, que permitem observações participantes com a produção de diários de campos e entrevistas em profundidade, que se debruçam sobre os processos regulatórios de acesso, que sejam, para além do complexo regulador, mais dinâmicos e em rede. Temos priorizado as entrevistas com usuários, tanto em inquéritos domiciliares quanto de serviços, em serviços de atenção básica e especializada, assim como em entrevistas, utilizando algumas condições traçadoras de análise, prioritariamente o envelhecimento, as condições crônicas e mais recentemente, o efeito da pandemia.

Resultados
Três categorias temáticas tem se apresentando a partir de uma análise compartilhada com as análises quantitativas, os campos e com o grupo de pesquisa que indicam desigualdades sociais, raciais, etárias, de gênero e territoriais, complexos reguladores burocráticos cartoriais e arranjos tecnológicos se organizam em processos instituintes mais “vivos” que ativam a atenção primária em saúde com a atenção especializada e hospitalar, se constituindo em fóruns e apoios de redes, processos de educação permanente e humanização, assim como o cuidado compartilhado em rede e processos de matriciamento especializados e telematriciamento.

Conclusões/Considerações
Uma regulação produtora de cuidado pressupõe avançarmos na implementação da politica nacional de regulação para além da organização de processos normativos nos complexos reguladores mas não só nestes, em toda a rede de atenção, com processos vivos de ativação e construção de redes, que considere a singularidade e as desigualdades pra garantir tempo oportuno.