SA3.24 - ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA E ACESSO À MEDICAMENTOS (TODOS OS DIAS)
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44932 - RELAÇÃO ENTRE PACIENTES QUE SOFRERAM INFARTO AGUDO DO MIOCÁRIO (IAM) OU ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (AVC) E USO DE ESTATINAS DE ALTA INTENSIDADE NO SUS IONE AYALA GUALANDI DE OLIVEIRA - NOVARTIS BIOCIENCIAS SA, CAIO HUERTA - NOVARTIS BIOCIÊNCIAS SA, NILCEIA LOPES - NOVARTIS BIOCIÊNCIAS
Apresentação/Introdução As doenças cardiovasculares constituem a principal causa de mortalidade no mundo. No Brasil, cerca de 40% destas mortes são causadas pelo Infarto Agudo do Miocárdio e pelo Acidente Vascular Cerebral, eventos associados à doença aterosclerótica. Estatinas de alta intensidade como a estão indicadas e disponíveis no SUS para pacientes de alto e muito alto risco cardiovascular
Objetivos Comparar o número de pacientes que sofreram IAM ou AVC no SUS no período de 2015-2019 e mantiveram-se vivos neste período com a estimativa média de pacientes em uso de atorvastatina 40mg e 80 mg no mesmo período no SUS
Metodologia Para levantar o número de pacientes que sofreram IAM ou AVC no período de 2015-2019, foram consideradas todas as internações sem óbitos com os códigos I21 e I64 através do Sistema de Informações Hospitalares do SUS. Foram aplicadas, com base na literatura, taxas anuais de mortalidade cardiovascular e de reinternação para ambos os eventos, a fim de obter uma estimativa numérica de pacientes que sofreram AVC ou IAM e que se mantiveram vivos no período. Para determinar o número de pacientes em tratamento com atorvastatina de 40 mg e 80 mg no SUS, foi considerado o número médio de pacientes atendidos disponível no Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS.
Resultados Durante o período de 2015-2019, houve 490.352 internações sem óbitos por IAM no SUS, das quais 184.372 foram consideradas re-internações. Para AVC não especificado, houve 638.007 internações, das quais 36% foram re-hospitalizações. Após aplicar a taxa de mortalidade cardiovascular anual esperada para estes pacientes, estimou-se que 275.994 pacientes que tiveram IAM e 343.401 indivíduos que sofreram AVC permaneceram vivos no período de 2015-2019, totalizando 619.395 potenciais pacientes elegíveis ao tratamento com estatinas de alta intensidade. Por outro lado, o número médio de pacientes em tratamento com estatinas de alta intensidade foi de 33.758 em 2015, chegando a 67.623 no ano de 2019.
Conclusões/Considerações Embora o SUS disponibilize estatina de alta intensidade para pacientes de alto e muito alto risco cardiovascular, foi observada uma discrepância importante entre o número de pacientes que sofreram os eventos e o número médio de indivíduos em uso destes medicamentos. Adequar as recomendações em protocolos e a prática médica, além de averiguar a adesão à farmacoterapia podem ser essenciais para garantir o adequado cuidado destes pacientes.
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