SA3.24 - ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA E ACESSO À MEDICAMENTOS (TODOS OS DIAS)
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43688 - FATORES ASSOCIADOS AO ACESSO GEOGRÁFICO AOS USUÁRIOS DO PROGRAMA AQUI TEM FARMÁCIA POPULAR (ATFP) COM DIABETES E HIPERTENSÃO MARCIO NATIVIDADE - ISC/UFBA, KIONNA OLIVEIRA BERNARDES SANTOS - ISC/UFBA, JURACY BERTOLDO - ISC/UFBA, VINÍCIUS DE ARAÚJO MENDES - ISC/UFBA, DANIELA MORATO - ISC/UFBA, SAMILLY SILVA MIRANDA - ISC/UFBA, LUÍS EUGÊNIO PORTELA - ISC/UFBA, ERIKA ARAGÃO - ISC/UFBA
Apresentação/Introdução O acesso a medicamentos constitui um dos desafios socioeconômicos mais importantes, sobretudo em países com sistemas públicos de acesso universal. Apesar de estudos apontar que os benefícios do Programa ATFP, há carência de evidência de sua abrangência e efetividade sobre os indicadores de morbimortalidade, particularmente no que tange a relação entre dificuldades no acesso e seus efeitos.
Objetivos Identificar os fatores associados ao acesso geográfico para as dispensações de medicamentos para tratamento de Diabetes e Hipertensão no Brasil.
Metodologia Estudo individualizado, descritivo, envolvendo todas as dispensações de medicamentos para o tratamento da diabetes e hipertensão dos usuários das farmácias da Rede Básica de Saúde e das farmácias credenciadas ao Programa (ATFP) do período de 2001 a 2017. Calculou-se padrões de deslocamento dos domicílios dos usuários até a unidade dispensadora. Adotou-se 3 medidas de distância (800, 1.000 e 1250 metros) para inferir o “acesso geográfico dificultado”. Para obtenção das diferenças e suas respectivas significâncias foi aplicado o teste Qui-Quadrado de Pearson. Estimativas de Razões de Prevalências (RP) foram utilizadas para verificar as associações com as variáveis independentes.
Resultados Entre os anos de 2010 e 2015 foram realizadas 961.862 dispensações de medicamentos para o tratamento da diabetes e 3.279.635 para hipertensão, distribuídos na Rede Básica de Saúde e nas farmácias credenciadas ao Programa ATFP. Para o país a mediana da distância percorrida pelo usurário para retirada do medicamento para diabetes foi de 1,5Km, e em relação a mediana para a retirada do medicamento da hipertensão foi de 1,3Km. Mas essa distribuições é heterogênea para as regiões. Os achados revelaram que independente da patologia e do ponto de corte de distância, a maioria dos usuários estavam em condição de acesso geográfico dificultado para retirada das medicação.
Conclusões/Considerações Foi possível identificar a ampliação do AFTP no País. A análise do acesso a medicação do ATFP permitiu identificar que as regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste se destacaram com maior deslocamento para retirada das medicação. A análise espacial possibilitou destacar a distância como proxy de acesso dificultado para dispensação, produzindo efeito negativo nos desfechos investigados, demostrando desigualdade de acesso.
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