Sessão Assíncrona


SA3.24 - ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA E ACESSO À MEDICAMENTOS (TODOS OS DIAS)

41914 - PRODUÇÃO CIENTÍFICA NACIONAL SOBRE PRESCRIÇÃO FARMACÊUTICA DE 2013 A 2022. O QUE TEM SIDO PUBLICADO EM EVENTOS NO PAÍS?
DIEGO CARNEIRO RAMOS - UFES, LORENA ROCHA AYRES - UFCAT, CAROLINA DUTRA DEGLI ESPOSTI - UFES


Apresentação/Introdução
A prescrição farmacêutica foi regulamentada pelo Conselho Federal de Farmácia em 2013. Ela segue uma tendência mundial de mudanças regulatórias para a expansão da atuação de diversas profissões não-médicas, com a inclusão da atividade prescritiva. Hoje, em diversos países, há a autorização para que esses profissionais possam iniciar, modificar, repetir ou interromper uma terapia farmacológica.

Objetivos
Este trabalho tem como objetivo verificar o panorama nacional de publicações em eventos científicos de experiências ou pesquisas sobre a prescrição farmacêutica após a regulamentação da prática no Brasil.

Metodologia
Foram buscados trabalhos publicados nos principais congressos científicos de alcance nacional, na área da pesquisa. Para a seleção dos trabalhos os pesquisadores consultaram os anais da última edição dos eventos selecionados, quando estes estivessem disponíveis. Do contrário, o penúltimo seria consultado. Cada congresso, sua edição e o ano de execução estão apresentados a seguir: 12º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva (2018); 3º Congresso Brasileiro de Política, Planejamento e Gestão em Saúde (2017); 1º Congresso Brasileiro de Ciências Farmacêuticas (2017); 7º Congresso Brasileiro sobre Uso Racional de Medicamentos (2020); 4º Congress Brazilian Association of Pharmaceutical (2018).

Resultados
O total de trabalhos publicados nos cinco eventos foi de 6.677 trabalhos. Desse total, apenas três trabalhos tinham como tema principal prescrição farmacêutica. Todos os três trabalhos foram publicados no evento 1º Congresso Brasileiro de Ciências Farmacêuticas. A pesquisa revela uma divulgação científica extremamente incipiente na área, com apenas 0,044% dos trabalhos científicos envolvendo prescrição farmacêutica. Os estudos orbitaram em conhecer a opinião de farmacêuticos sobre o tema, sem medir a frequência da ocorrência da prescrição farmacêutica. Um ponto em comum dos três trabalhos é que não foi possível identificar onde foram executados.

Conclusões/Considerações
A falta de pesquisas inéditas e relatos de experiências não permite afirmar se os profissionais estão ou não prescrevendo, mas a ausência de trabalhos deixa de promover um debate adequado sobre a prática. Além disso prejudica a qualificação e a implementação da atividade. Estudos devem ser feitos para traçar um perfil adequado do nível de aceitação da categoria e quais as particularidades envolvidas no exercício da prescrição farmacêutica.