SA3.23 - IMUNIZAÇÃO E COBERTURA VACINAL (TODOS OS DIAS)
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42965 - AVALIAÇÃO DA A COBERTURA VACINAL CONTRA PARALISIA FLÁCIDA AGUDA/POLIOMIELITE: DESAFIOS NA INTEGRAÇÃO VIGILÂNCIA EM SAÚDE E APS EM BELÉM-PA DIULLY SIQUEIRA MONTEIRO - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ, ÁTILA AUGUSTO CORDEIRO PEREIRA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ, MARCOS VALÉRIO SANTOS DA SILVA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ, SÂMELA STEFANE CORREA GALVÃO - SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARÁ
Apresentação/Introdução Poliomielite é uma doença em processo de erradicação. No Brasil, está eliminada, fruto da vigilância e medidas de prevenção por meio das vacinas. Embora, o país tenha a certificação de área livre de circulação do poliovírus selvagem da Organização Pan-Americana da Saúde, a intensa migração devido a crises internacionais propõe desafios à Atenção Primária à Saúde (APS) na vigilância do agravo.
Objetivos Analisar a cobertura vacinal contra Paralisia Flácida Aguda/Poliomielite por ano no município de Belém do Pará.
Metodologia Estudo descritivo quantitativo baseado nos dados de domínio público do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde DATASUS/TABNET oriundos do Sistema de Avaliação do Programa de Imunizações gerido pela Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde (MS). Estes dados foram tabulados no software Microsoft Excel®. Investigou-se nas coberturas vacinais do imunobiológico Poliomielite, Poliomielite 4 anos, Poliomielite (1ºref) do período de 2017 a 2021 de Belém do Pará. A análise se deu com base no referencial teórico disponível na Scientific Electronic Library Online (SCIELO) e de documentos oficiais do MS.
Resultados Observou-se cobertura vacinal de poliomielite de 56,63% (2017), 54,17% (2018), 66,51% (2019), 48,80% (2020), 50,86% (2021). Constata-se que está abaixo de 95% preconizado pelo MS. Evidenciando modelo de atenção à saúde que ainda prioriza as condições agudas e pouca integração da vigilância em saúde com a APS. O aumento da hesitação vacinal devido a vinculação de notícias falsas nas mídias pode interferir na cobertura. Identifica-se que o menor ano é referente ao início da pandemia da Covid-19. A pandemia aprofundou as desigualdades no acesso à saúde, seja pelo fator medo da contaminação ou reorientação do processo de trabalho da APS.
Conclusões/Considerações As baixas coberturas vacinais associadas ao intenso fluxo de pessoas favorecem a reintrodução do poliovírus selvagem com o aumento do risco de importação de casos. Portanto, torna-se urgente o fortalecimento de modo tripartite da APS para estabelecer estratégias de intensificação de vacinação de rotina e campanhas. Além de intensificar ações de vigilância como a busca ativa para identificação de casos novos, notificação e investigação.
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