SA3.23 - IMUNIZAÇÃO E COBERTURA VACINAL (TODOS OS DIAS)
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41794 - COBERTURA VACINAL EM CRIANÇAS NASCIDAS EM 2017-2018 E RESIDENTES NA CIDADE DE SÃO PAULO. JOSÉ CASSIO DE MORAES - FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA SANTA CASA DE SÃO PAULO, ANA PAULA FRANÇA - FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA SANTA CASA DE SÃO PAULO, IONE AQUEMI GUIBU - FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA SANTA CASA DE SÃO PAULO, RITA DE CASSIA BARRADAS BARATA - FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA SANTA CASA DE SÃO PAULO
Apresentação/Introdução A queda na cobertura das vacinas incluídas no Programa Nacional de Imunização (PNI) relaciona-se ao ressurgimento ou aumento na incidência de doenças imunopreveníveis que já estavam controladas, eliminadas ou erradicadas. A estimativa da cobertura real é imprescindível para identificar os problemas, proporcionando subsídios para proposição de estratégias para melhorar o desempenho do programa.
Objetivos Estimar a cobertura do esquema completo das vacinas previstas no calendário do PNI, aplicadas até aos 24 meses em crianças nascidas em 2017 e 2018, residentes na cidade de São Paulo.
Metodologia Crianças nascidas em 2017 e 2018 foram georreferenciadas de acordo com dados do SINASC em setores censitários e agrupadas em conglomerados, de acordo com informações sociodemográficas (Censo 2010). Dados das entrevistas domiciliares foram registrados em formulário digital que incluiu registro fotográfico da caderneta de vacinação. Em coorte retrospectiva, a trajetória de vacinação desde o nascimento possibilitou a obtenção da cobertura de cada vacina, além de indicadores sociodemográficos das famílias. A cobertura completa (vacinas que deveriam ter sido aplicadas em crianças até 24 meses) não incluiu as vacinas contra febre amarela e doses da tríplice viral aplicadas em menores de 1 ano.
Resultados Em 1542 entrevistas, 75,9% das famílias utilizaram-se exclusivamente do serviço público para vacinação. A cobertura vacinal completa foi de 61,9%, sendo de 36,0% nas crianças no maior nível de consumo (A), 57,0% no nível B, 69,6% no nível C e 63,2% no nível D. Apenas as vacinas Pentavalente e Pneumocócica (1as. doses) atingiram 95% de cobertura, enquanto a VIP (3ª dose), Rotavírus (2ª dose), VOP, Pneumocócica 1º ref., Meningocócica 3ª dose, Tríplice viral 2ª dose, DPT 1º ref. não atingiram 90%. A menor cobertura foi da VOP: 83,1%. A cobertura completa foi maior nos filhos de mães com 9 a 12 anos de estudo (69,6%) e menor entre os filhos das que tinham 12 anos ou mais de estudo (49,9%).
Conclusões/Considerações Observou-se queda na cobertura de todas as vacinas, em todos os níveis de consumo e de forma mais acentuada no estrato A, comparando os resultados aos do inquérito vacinal de 2007, coordenado pelo mesmo grupo. A estimativa da cobertura vacinal na coorte de nascidos vivos em 2017-2018 é fundamental para identificar potenciais entraves e facilitadores do PNI, gerando subsídios para proposição de estratégias focadas para melhorar o seu desempenho.
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