Sessão Assíncrona


SA3.23 - IMUNIZAÇÃO E COBERTURA VACINAL (TODOS OS DIAS)

41681 - PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÃO DO BRASIL: COBERTURA VACINAL NO PERÍODO DE 2010 A 2020
LUCAS PEREIRA WAN DER MAAS - EPSM/NESCON/UFMG, KANDICE FALCÃO - CONASEMS, DAISY MARIA XAVIER DE ABREU - NESCON/UFMG, ÉRICA ARAÚJO SILVA LOPES - NESCON/UFMG, JOANA NATÁLIA CELLA - EPSM/NESCON/UFMG, JACKSON FREIRE ARAUJO - EPSM/NESCON/UFMG, GILVÂNIA WESTIN COSENZA - NESCON/UFMG, PALMIRA BONOLO - DMPS/FACULDADE DE MEDICINA/UFMG, SABADO NICOLAU GIRARDI - EPSM/NESCON/UFMG, FRANCISCO EDUARDO DE CAMPOS - NESCON/UFMG


Apresentação/Introdução
No Brasil, observa-se um declínio na cobertura vacinal desde 2016, acarretando o reaparecimento de algumas doenças imunopreveníveis. A homogeneidade das coberturas vacinais (obtenção da meta estabelecida em 70% ou mais na cobertura vacinal) fica comprometida com a queda de cobertura observada. A pandemia da COVID-19 representou um impacto no enfraquecimento dos programas de imunização.

Objetivos
Analisar os índices de cobertura de vacinas do calendário básico de imunização entre 2010 e 2020 no Brasil

Metodologia
Trata-se de um estudo descritivo retrospectivo sobre cobertura vacinal no Brasil, analisando os registros realizados no período entre 2010 a 2020. Foram consideradas as 11 vacinas que compõem o calendário básico de imunização de crianças até os 15 meses de vida. A análise foi realizada a partir dos dados do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI). Foram utilizados os seguintes indicadores: Índice de Cobertura Vacinal (ICV), Homogeneidade das CV, Taxa de Abandono (TA). Também foi avaliado o indicador de Proporção de salas de vacina do município alimentando mensalmente o SI-PNI.

Resultados
Os indicadores de cobertura vacinal do período de 2010 a 2020 mostram que entre 2010 e 2015 as coberturas ficaram mais próximas ou superaram as metas preconizadas para a maioria dos imunobiológicos analisados. Já o período entre 2016 e 2020 pode ser caracterizado por uma tendência de queda dos índices de cobertura vacinal com valores abaixo da meta em todas as vacinas – com algumas exceções (BCG entre 2015 e 2018; Tríplice Viral em 2016; Rotavírus e Pneumocócica em 2018). Destaca-se que houve uma melhoria dos indicadores no ano de 2018, em relação ao biênio 2016-2017. Entretanto, a tendência de queda foi retomada e aprofundada no biênio 2019-2020.

Conclusões/Considerações
O ano inicial da pandemia da COVID-19 (2020) manteve e aprofundou a tendência de queda dos índices de cobertura vacinal, sendo que nenhum imunobiológico pesquisado alcançou as metas preconizadas pelo PNI. Observa-se desafios relacionados às vacinas com esquema básico de 3 doses (Poliomielite e Pentavalente) e completude do esquema de vacinação contra sarampo, caxumba e rubéola com a Tetra viral, essa última por problemas de desabastecimento.