Sessão Assíncrona


SA3.23 - IMUNIZAÇÃO E COBERTURA VACINAL (TODOS OS DIAS)

40569 - ANÁLISE DA COBERTURA VACINAL DA TRÍPLICE VIRAL NA POPULAÇÃO INFANTIL DO CEARÁ (2018 A 2021)
AQUILA DA GAMA DA SILVA - FACULDADE LUCIANO FEIJÃO, INGRID SOUSA FARIAS - FACULDADE LUCIANO FEIJÃO, LORENA MARIA FÉLIX ROCHA - FACULDADE LUCIANO FEIJÃO, SASKYA SOUSA VASCONCELOS - FACULDADE LUCIANO FEIJÃO, LÍDIA ANDRADE LOURINHO - FACULDADE LUCIANO FEIJÃO, ALDECIRA UCHOA MONTEIRO RANGEL - UNIFOR, LIA GOMES DA FROTA MACHADO - UNIFOR, POLLYANNA MARTINS. - FACULDADE LUCIANO FEIJÃO


Apresentação/Introdução
A Vacina Tríplice Viral é distribuída pelo Ministério da Saúde e previne contra a Rubéola, Caxumba e Sarampo. Estimava-se que, em 2020, 131.472 pessoas não estavam vacinadas no Estado. A avaliação e o monitoramento da cobertura vacinal (CV) são essenciais para a tomada de decisões nas esferas de gestão, e para controle e identificação de riscos de transmissão de doenças imunopreveníveis.

Objetivos
Analisar a cobertura da vacina Tríplice Viral na população de 12 e 15 meses do Ceará, no período de 2018 a 2021.
Realizar uma análise comparada das coberturas vacinais do Estado do Ceará com outros Estados brasileiros.


Metodologia
Estudo epidemiológico observacional, analítico e ecológico. A população da pesquisa foi composta pela 1ª dose (D1) da vacina tríplice viral e 2ª dose (D2) da tríplice viral somado a dose única da tetra viral, administradas em crianças de 12 a 15 meses, respectivamente, no Estado do Ceará, de 2018 a 2021. Foram calculadas CV da primeira, segunda dose e taxa de abandono do Ceará e de todos os Estados brasileiros. Os dados são de acesso público, e foram coletados no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI), no período de abril e maio de 2022. Na análise dos dados foi utilizada a estatística descritiva e os resultados foram apresentados em tabelas e gráficos.

Resultados
O Estado do Ceará alcançou CV satisfatória para D1 da vacina tríplice viral em 2018 e 2019, e em 2020 (90,30%) e 2021 (72,68), como os outros Estados brasileiros, não atingiu a meta e Ministério da Saúde (95%). Entre 2019 e 2020 a CV da D1 decresceu (-12,71%) no Estado do Ceará e em todos os Estados brasileiros (entre -36,76% e -4,68%). Nenhum Estado atingiu a CV satisfatória para a D2 da tríplice viral, no mesmo período. No Estado do Ceará a CV da D2 decresceu nos últimos anos, em 2018(49,50%), 2019(50,13%) e 2020(38,36%) e, em 2021 (28,77). As CV assumiram tendência decrescente nos últimos quatro anos, enquanto que a taxa de abandono aumentou exponencialmente, nos estados brasileiros.

Conclusões/Considerações
A CV da D1 e D2 da tríplice viral na população infantil do Estado do Ceará, assim como nos outros estados brasileiros, assumiram uma tendência decrescente nos últimos quatro anos. A pandemia da Covid-19 foi um fator que contribuiu para esse fenômeno, devido as mudanças na rotina dos Centros de Saúde. A realização de campanhas de vacinação e a busca ativa das crianças para completar o esquema vacinal são essenciais para prevenção de surtos.