SA3.23 - IMUNIZAÇÃO E COBERTURA VACINAL (TODOS OS DIAS)
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39931 - COBERTURA VACINAL EM CRIANÇAS NASCIDAS EM 2017-2018 E RESIDENTES NAS ÁREAS URBANAS DAS CAPITAIS BRASILEIRAS E DO DISTRITO FEDERAL. JOSÉ CASSIO DE MORAES - FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA SANTA CASA DE SÃO PAULO, RITA DE CASSIA BARRADAS BARATA - FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA SANTA CASA DE SÃO PAULO, CARLA MAGDA ALLAN SANTOS DOMINGUES - PESQUISADORA INDEPENDENTE, MARIA DA GLÓRIA LIMA CRUZ TEIXEIRA - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA, ANA PAULA FRANÇA - FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA SANTA CASA DE SÃO PAULO, IONE AQUEMI GUIBU - FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA SANTA CASA DE SÃO PAULO
Apresentação/Introdução A queda na cobertura das vacinas incluídas no Programa Nacional de Imunização (PNI) relaciona-se ao ressurgimento ou aumento na incidência de doenças imunopreveníveis que já estavam controladas, eliminadas ou erradicadas. A estimativa da cobertura real é imprescindível para identificar os problemas, proporcionando subsídios para proposição de estratégias para melhorar o desempenho do programa.
Objetivos Estimar a cobertura do esquema completo das vacinas previstas no calendário do PNI, aplicadas até aos 24 meses em crianças nascidas em 2017 e 2018, residentes nas áreas urbanas das capitais brasileiras e do Distrito Federal (DF).
Metodologia Crianças nascidas em 2017 e 2018 foram georreferenciadas de acordo com dados do SINASC em setores censitários e agrupadas em conglomerados, de acordo com informações sociodemográficas (Censo 2010). Dados das entrevistas domiciliares foram registrados em formulário digital que incluiu registro fotográfico da caderneta de vacinação. Em coorte retrospectiva, a trajetória de vacinação desde o nascimento possibilitou a obtenção da cobertura de cada vacina, além de indicadores sociodemográficos das famílias. A cobertura completa (vacinas que deveriam ter sido aplicadas em crianças até 24 meses) não incluiu as vacinas contra febre amarela e doses da tríplice viral aplicadas em menores de 1 ano.
Resultados Em 31074 entrevistas realizadas, 69,5% das famílias utilizaram-se exclusivamente do serviço público para vacinação. A cobertura vacinal completa foi de 59,1% no Brasil, variando de 54,9% na região Nordeste até 63,1% na Sul. Dentre as capitais, apenas Teresina apresentou cobertura completa acima de 80% e em nove (Natal, Macapá, João Pessoa, Florianópolis, Fortaleza, Recife, Campo Grande, Rio de Janeiro e Vitória) foi menor que 50%. Segundo nível de consumo familiar, a cobertura foi menor no estrato A (30,1%) e maior no estrato C (67,4%). Com exceção da Tríplice Viral (1ª dose), Pneumocócica (2ª dose), BCGID e contra Hepatite B, todas as demais vacinas apresentaram coberturas menores que 90%.
Conclusões/Considerações Observou-se queda na cobertura de todas as vacinas, em todas as regiões e níveis de consumo familiar, comparando os dados obtidos no presente estudo aos do inquérito vacinal de 2007, coordenado pelo mesmo grupo. A estimativa da cobertura vacinal na coorte de nascidos vivos em 2017 e 2018 é fundamental para identificar potenciais entraves e facilitadores do PNI, gerando subsídios para proposição de estratégias para melhorar o seu desempenho
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