Sessão Assíncrona


SA3.23 - IMUNIZAÇÃO E COBERTURA VACINAL (TODOS OS DIAS)

39864 - COBERTURA VACINAL E HESITAÇÃO VACINAL NO LITORAL DO PARANÁ, RESULTADOS PRELIMINARES
NEIVA DE SOUZA DANIEL - UFPR, MARIANGELA CRISTINA HENZ - UFPR, LAUANY DA SILVA D’AVILA - UFPR, TAINÁ RIBAS MÉLO - UFPR


Apresentação/Introdução
A vacinação é política pública essencial para a prevenção de doenças, possibilitou a erradicação e controle de doenças ao redor do mundo. No Brasil a cobertura vacinal (CV) esteve acima de 95%, a partir de 2016 observa-se queda na CV dentre os diversos fatores que podem influenciar um deles é a hesitação vacinal. A pandemia de COVID-19 também impactou a CV e potencializou a hesitação vacinal

Objetivos
O objetivo da pesquisa é analisar de forma preliminar as questões relacionadas a cobertura vacinal de crianças de 0 a 10 anos de 2015 a 2021 e os fatores relacionados a hesitação vacinal antes e durante a pandemia de COVID-19, no litoral do Paraná

Metodologia
Trata-se de pesquisa quantitativa transversal, realizada em maio de 2022, através da análise descritiva da CV a partir de fontes de dados e aplicação de questionário online, aprovado pelo Comitê de Ética Pesquisa da UFPR, para investigar a hesitação vacinal de pais/responsáveis de crianças de 0 a 10 anos, residentes no litoral do Paraná. O questionário possui questões sobre características sociodemográficas dos pais/responsáveis e a criança, e questões específicas para compreender a hesitação vacinal a partir da ferramenta desenvolvida pelo Working Group on Vaccine Hesitancy-SAGE denominada Vaccine hesitancy 5 point likert scale questions que foi adaptada para o google forms

Resultados
Observa-se queda na CV desde 2016, em 2020 e 2021 nenhuma das imunos atingiu a CV de 80%. Os dados preliminares do inquérito (n=38) apontam que todos responderam concordar com a importância e eficácia da vacinação, (2,6%) acredita que novas vacinas podem trazer mais riscos, (5,3%) não confia em informações recebidas de fontes oficiais sobre as vacinas, (39,4%) preocupam-se com efeitos adversos das vacinas, (2,6%) acredita que não é necessária a vacinação para doenças que não são mais comuns, (44,7%) acha que para alguns grupos vacinar seus filhos é mais difícil, acreditam que profissionais de saúde e professores são os que mais apoiam a vacinação

Conclusões/Considerações
Conclui-se que a queda na CV é de grande preocupação podendo desencadear surtos de doenças imunopreveníveis já erradicadas, a pandemia de COVID-19 teve influência na queda da CV que já vinha acontecendo e é necessário compreender melhor os fatores relacionados a hesitação vacinal que influencia diretamente na decisão dos pais/reponsáveis por crianças em vacinar ou não seus filhos, ou atrasar a vacinação