Sessão Assíncrona


SA3.23 - IMUNIZAÇÃO E COBERTURA VACINAL (TODOS OS DIAS)

39750 - MONITORAMENTO DA COBERTURA VACINAL CONTRA A COVID-19 EM POPULAÇÕES INDÍGENAS, VIVÊNCIAS NA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DO ESTADO DA BAHIA
UESLEI JARDIEL RÊGO SILVA - ISC-UFBA, ANA MARIA MIGUEZ SILVA - ISC-UFBA, ROBERT HENRIQUE SANTOS SALES - FIOCRURZ- BRASÍLIA, JOÃO GABRIEL MODESTO - UFBA, RICARDO LUSTOSA BRITO - UFBA, PEDRO ANTÔNIO MACIEL DIAS MELHADO - IGEO-UFBA


Apresentação/Introdução
A pandemia da covid-19 vem causando impactos devastadores no cenário mundial, apresentando uma alta taxa de morbidade e mortalidade. O projeto intitulado “monitoramento da cobertura vacinal contra a Covid-19 em populações indígenas, vivências na vigilância epidemiológica do estado da Bahia” desenvolvido na cidade de Salvador, Bahia, foi realizado entre os meses de janeiro a outubro de 2021.


Objetivos
O presente relato de experiência apresenta as vivências de um residente do Instituto de Saúde Coletiva da UFBA que acompanhou e avaliou a cobertura da vacinação contra a Covid-19 nas populações indígenas do estado Bahia.

Metodologia
Trata-se de um relato de experiência do desenvolvimento do projeto “monitoramento da cobertura vacinal contra a Covid-19 em populações indígenas, vivências na vigilância epidemiológica do estado da Bahia”, que através dos dados de vacinação contra a Covid-19 disponibilizados pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia-SESAB, traz uma reflexão crítica sobre o processo da vacinação contra o SARS-Cov-2, avaliando-se o período entre janeiro e outubro de 2021.


Resultados

Durante os meses avaliados, foi observado que a vacinação não ocorreu de forma igual em todos os municípios com população indígena do estado da Bahia. A Covid-19 vem mostrando as iniquidades existentes na implementação de políticas pelo estado brasileiro dirigidas às minorias étnico-raciais no Brasil. A pandemia não afeta todos da mesma forma, nos povos indígenas a doença causa mudanças significativas no modo de vida, insegurança alimentar, escassez de água tratada, higiene inadequada e, sobretudo a contaminação pelo SARS-CoV-2 que pode levar muitos destes sujeitos à morte (SANTOS;PONTES e JR; 2020).



Conclusões/Considerações
A falta de imunobiológicos no início da vacinação, somado às falsas notícias que circularam nas mídias sociais, certamente foram fatores dificultadores do alcance em tempo oportuno da vacinação, o que causou muitas mortes. No caso específico da população indígena, que é extremamente vulnerável, pois desde a “colonização” vem sendo dizimada, sobretudo por doenças, era urgente uma tomada de decisão que visasse reduzir essas "injustiças" acumuladas.