SA3.23 - IMUNIZAÇÃO E COBERTURA VACINAL (TODOS OS DIAS)
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39100 - COBERTURA VACINAL DO BASICO CALENDÁRIO INFANTIL: ANÁLISE ESPAÇO-TEMPORAL NAS CAPITAIS BRASILEIRAS E NO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE SEGUNDO DADOS DO SI-PNI MATEUS HENRIQUE SILVA ALVES - UFMG, TAYNÃNA CÉSAR SIMÕES - NESPE - FIOCRUZ MINAS
Apresentação/Introdução O Brasil vem mostrando queda importante da cobertura vacinal de todos os imunobiológicos do calendário básico infantil, podendo ter impactos significativos na Saúde Pública do país, com o retorno e reemergência de doenças imunopreveníveis e na morbimortalidade da população. A cobertura vacinal é heterogênea no território brasileiro e se distingue ao longo do tempo.
Objetivos Analisar a tendências e disparidades da cobertura vacinal infantil nas capitais brasileiras e no município de Belo Horizonte ao longo do tempo, avaliando heterogeneidades significativas e identificando locais de menor cobertura.
Metodologia Avaliadas coberturas e doses aplicadas de 14 vacinas do calendário (BCG, Hepatite B, Poliomielite, Pentavalente, Rotavírus humano, Febre amarela, Meningococo conjugada C, Pneumococo conjugado 10 valente, Influenza, Hepatite A, Tríplice viral, Varicela e reforços de DPT e Polio) nas capitais brasileiras e Áreas de Abrangência de Belo Horizonte entre 2010 e 2021, segundo dados do SI-PNI. Como ferramentas analíticas, foram utilizados gráficos das séries temporais de cobertura e doses aplicadas, além de mapeamento ao longo do período. As heterogeneidades foram avaliadas estatisticamente usando Modelos Aditivos Generalizados (GAM) e Modelos Autorregressivos Condicionais (CAR), no software R.
Resultados Houve queda na cobertura de todas as vacinas do SUS a partir de 2015. Queda de 46,3% da BCG entre 2010 e 2021, e de 43,5% do reforço de Polio. Todas as vacinas estiveram abaixo da cobertura mínima preconizada pelo Ministério da Saúde, com diferenças percentuais em relação às metas variando de 10,5% para o reforço da Tríplice bacteriana a 45,6% para o reforço de Polio. Algumas vacinas, mesmo com menor queda no período, como a Hepatite A (queda de 4,5%), apresentaram diferenças percentuais importantes (-39,4%) em relação à cobertura mínima preconizada. As quedas ocorreram de forma desigual nos territórios, sendo maior nas Regiões Norte/Nordeste, especialmente após pandemia de COVID-19.
Conclusões/Considerações A análise espaço-temporal das coberturas vacinais do calendário infantil pode dar base para ações diferenciadas da vigilância epidemiológica e do PNI em regiões de menor cobertura no território brasileiro, avaliando as mudanças ao longo do tempo.
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