Sessão Assíncrona


SA3.22 - SAÚDE DO IDOSO (TODOS OS DIAS)

43894 - PREVALÊNCIA DE INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (IST) EM IDOSOS NO MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE: PROJETO SIM
THAYANE MARTINS DORNELLES - HOSPITAL MOINHOS DE VENTO, EMERSON SILVEIRA BRITO - HOSPITAL MOINHOS DE VENTO, LUANA GIONGO PEDROTTI - HOSPITAL MOINHOS DE VENTO, ELIANA WENDLAND - HOSPITAL MOINHOS DE VENTO


Apresentação/Introdução
O envelhecimento populacional é uma realidade mundial, aumentando a expectativa de vida da população e nos levando a novos desafios no entendimento desta população como sendo sujeitos plenos na sua sexualidade, e portanto, expostos a IST.


Objetivos
Avaliar a prevalência de casos de sífilis, hepatite B, hepatite C e HIV em pessoas com 60 anos ou mais no município de Porto Alegre.


Metodologia
Estudo transversal realizado na unidade móvel do Projeto SIM, no município de Porto Alegre, entre agosto de 2021 e maio de 2022. O acesso à unidade móvel deu-se por livre demanda. Indivíduos maiores de 18 anos foram convidados a responder um questionário semiestruturado e realizar teste rápido (TR) para sífilis, HIV e hepatites B e C. Esta análise preliminar incluiu participantes com 60 anos ou mais. Para a análise, utilizou-se frequências absolutas e relativas.


Resultados
Dos 3.041 participantes testados, 530 (17,4%) possuíam 60 anos ou mais, sendo 58,1% homens. A média de idade foi 66,92 anos (DP 5,39) sendo que 57,7% dos participantes se autodeclaram brancos e 39%, pretos ou pardos. Em relação à escolaridade, 51% possuíam ensino fundamental, 31,4% médio e 17,6% superior. 23% dos participantes apresentaram TR reagente para sífilis, 7,5% para hepatite C, 3% para HIV e 0,4% para hepatite B. A prevalência de sífilis adquirida foi de 8,1%. Entre idosos sexualmente ativos (55,5%), 153 (52%) nunca utilizam preservativos, 55 (18,7%) usam em algumas ocasiões, 86 (29,2%) sempre utilizam.

Conclusões/Considerações
A prevalência de sífilis e HIV nesta população foi muito acima do esperado na população em geral. A análise preliminar aponta para a importância destes agravos nesta população e a necessidade de políticas públicas específicas.